O Ballenberg é um museu a céu aberto onde estão mais de 100 construções rurais que representam as diversas regiões da Suíça. É possível pensar nele como um grande parque interativo. Você pode entrar em todas as propriedades, que estão devidamente decoradas com objetos e móveis de época, interagir com os animais e observar a produção artesanal de roupas, chapéus, queijos, chocolates, ferragens e outras coisas. Trata-se de uma experiência única e o ingresso está incluso no Swiss Travel Pass.
Obviamente, como chegar ao local vai depender de onde você está saindo. O mapa interativo acima permite ver a localização dos lugares que eu vou citar ao longo da postagem. Obviamente, como chegar ao local vai depender de onde você está saindo. No meu caso, eu estava hospedado no ibis Budget Bern Expo, na cidade de Berna, de onde é possível fazer um bate e volta até o Ballenberg – a viagem dura cerca de duas horas.

Para mim, a viagem começou de trem em direção a Interlaken Ost. Durante o trajeto, os trilhos margeiam por um bom tempo o Thunersee e a paisagem do lago com as montanhas ao fundo é bem bonita. Como eu saí cedo, tinha uma pequena névoa, como uma nuvem bem baixa, sobre a água.
É importante notar que a cidade de Interlaken, que fica entre os lagos Thunersee e Brienzersee (daí vem seu nome, que pode ser traduzido como “entre lagos”), possui duas estações de trem com nomes bem parecidos: Interlaken West e Interlaken Ost. No meu caso, o objetivo era desembarcar nessa segunda. Esse primeiro trecho durou pouco menos de uma hora.

Em Interlaken Ost, eu peguei o trem que vai para Meiringen. Nesse caminho, a gente vai margeando o segundo lago, o Brienzersee. É bom prestar atenção porque não é para chegar ao destino final, mas sim descer no pequeno vilarejo de Brienz. Para acompanhar a evolução da viagem, você pode ficar de olho no celular, caso esteja com acesso à internet (eu comprei um chip da Salt Mobile) ou tenha feito o download de mapa off-line. Também é possível observar uma das telas que ficam nos vagões e mostram as próximas paradas e o horário de cada uma delas. Seja como for, você tem a opção de descer na estação da cidade ou mais para frente, na Brienzwiller. Em ambos os casos, há ainda um trecho que é feito de ônibus.

Eu escolhi descer na cidade mesmo, pois aproveitei para passar no supermercado e comprar uns lanchinhos para levar (deixar para comer lá pode sair bem caro). Do lado da estação de trens fica a parada do ônibus 151, que vai até o museu. Como de costume nessa minha viagem pela Suíça, eu estava usando o Swiss Travel Pass, que dá direito ao uso ilimitado de viagens entre uma cidade e outra, acesso ao transporte público, passeios de barco e entradas em museus. Além disso, ele facilita muito a vida porque não é necessário ficar comprando bilhetes o tempo todo. Você simplesmente chega e embarca. Em alguns casos, principalmente nos trens, passa alguém conferindo os bilhetes e passes. Seja como for, a parada do ônibus é bem sinalizada e possui um quadro de horários das próximas saídas. Eu não tive que esperar muito e já estava a caminho do museu.

O museu possui duas entradas, ambas atendidas pela linha do ônibus 151. Eu desci na estação Ballenberg West, que foi a primeira por onde passamos. Do lado de fora dessa bilheteria tem uma loja de artesanato com as coisas mais lindas. Brienz é conhecida por seus trabalhos de madeira esculpida, mas também há vários outros produtos feitos de outros materiais. Infelizmente, os preços no país são bem salgados e a cotação do real em relação ao franco suíço não ajuda nem um pouco. De qualquer maneira, vale a pena passar para conhecer.
Como o parque é grande e tem que andar muito, o que eu recomendo para quem vai de transporte público que se organize para entrar por uma bilheteria e sair pela outra, assim você não tem que fazer o caminho de ida e volta e andar o dobro do necessário dentro do parque. Não se esqueça que pegar um mapa para se orientar por lá.

O Ballenberg, Freilichtmuseum der Schweiz é um museu diferente. Inaugurado em 1978 com apenas dezesseis construções, o local agora conta com mais de 100 estruturas antes voltadas para residência e agricultura, mas que tiveram que dar espaço para construções mais modernas. Desde os anos 1970, antigas propriedades rurais que incluem casas de fazenda, estábulos, padarias, celeiros e outras construções deixaram de ser demolidas para serem desmontadas, peça por peça, e reerguidas no Ballenberg, espalhadas em 66 hectares de área verde. Como há muito para ver e fazer, recomendo que seja reservado um dia inteiro para o passeio.

Depois de muito bater perna para cima e para baixo no museu, chegou a hora de ir embora. Para isso, me dirigi até a outra bilheteria, onde fica a parada de ônibus chamada Ballenberg Ost. Recomendo que você dê uma conferida no quadro de horários e confirme usando o Google Maps ou outro aplicativo de sua preferência. Enquanto espera a chegada do ônibus, dá para dar uma volta na Chocolaterie du Ballenberg e é impossível não ser seduzido pelo cheiro maravilhoso que sai dessa loja. Novamente tive que resistir bravamente para não fazer compras – sabe como é viagem, tem que sacrificar alguns prazeres para priorizar outros. O foco eram os passeios e eu não tinha muita grana para gastar.

Peguei o ônibus e voltei para o centro de Brienz. Como tinha feito apenas um lanche, resolvemos parar fazer um almoço tardio no Steinbock Restaurant, que fica pertinho da estação de trens, do ponto de ônibus e do porto. Depois, aproveitamos que estava um dia lindo e fizemos um passeio de barco no lago em direção a Interlaken Ost (teríamos que voltar para lá de qualquer maneira e já havíamos feito o trajeto de trem de manhã). Dá para fazer a mesma coisa na ida, mas achei melhor deixar para o fim do dia e chegar cedo no museu. De lá, seguimos novamente de trem até Berna, encerrando o dia.