Estados Unidos – Chipotle Mexican Grill

Apesar de já ter tornado frequentes as minhas idas a esse restaurante em todas as vezes que estive nos Estados Unidos, só agora resolvi escrever sobre ele aqui. No momento, estou em Houston, Texas, mas há milhares unidades do Chipotle espalhados em todo o território americano, mas também há já alguns em países como Reino Unido, Canadá, Alemanha e França (ironicamente, não no México). O endereço e horário de funcionamento de cada um deles pode ser encontrado na página oficial.

A ideia por trás da abertura do primeiro Chipotle, em 1993, em Denver, Colorado, era mostrar que o fast-food não precisa servir uma comida que faz mal à saúde e com um atendimento apressado. Usando ingredientes de alta qualidade e técnicas da cozinha clássica, o objetivo era trazer características da gastronomia tradicional para o mundo dos serviços rápidos (algo que pode ser identificado também em bons restaurantes self-service brasileiros, diga-se de passagem).

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Ambiente ★★★☆☆

Ainda que não seja especial, devo destacar que essa rede conseguiu inserir um pouco mais de personalidade em seus ambientes. Gosto de como o menu com poucas opções é disposto acima do balcão, facilitando a consulta e a escolha, da comida ficar exposta para ser escolhida pelo cliente e das peças gráficas que mostram a cultura mexicana e a filosofia da empresa. A parte negativa é que nem todos os restaurantes da rede são tão arrumados, varia um pouco dependendo da localização.

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Serviço ★★★☆☆

No Chipotle, você deve ir até o balcão fazer o seu pedido e, ao final, pagar pelo que escolheu. O sistema funciona bem para esse tipo de estabelecimento e eu até gosto porque não é preciso esperar que um garçom venha até a sua mesa pegar o pedido (também não é necessário dar gorjeta). O único porém que eu vejo é que, se for um lugar muito movimentado e você estiver com um grupo grande, você pode ter que deixar alguém segurando uma mesa enquanto você vai pedir, daí você começa a comer ou tem que esperar com seu prato esfriando enquanto as outras pessoas fazem os pedidos delas. Aquela coisa de administrar situações de crise (eu exagero mesmo, bem dramático).

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Preço ★★★★★

Embora o real esteja bastante desvalorizado em relação ao dólar, vou esquecer a conversão e dizer que o preço é muito bom pela quantidade e qualidade do produto servido. Obviamente não é uma comida de restaurante à la carte, mas está mais próximo de uma comida caseira, porém com custo de fast-food. Com relação ao preço, ele varia de acordo com a proteína escolhida.

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Comida ★★★★★

Por mais de 20 anos essa rede de fast-food vem buscando servir ingredientes que respeitam o meio ambiente, os produtores e os animais, o que eles chamam Food With Integrity. O compromisso é usar vegetais crescidos em solo saudável, sem uso de agrotóxicos, e a carne de animais criados livres, sem hormônios ou outros aditivos. Nada de corantes, sabores artificiais ou conservantes (pelo menos na comida, já que eles vendem refrigerantes). Além disso, os alimentos são preparados frescos em cada uma das unidades da rede, em vez de serem produzidos em um centro e distribuídos congelados.

O menu é muito simples e eu vou dedicar um pouco do meu tempo para explicar quais são as opções e como fazer o pedido. Primeiro você deve escolher o tipo de pedido, que pode ser: burrito (aquele sanduíche enrolado num pão fininho); bowl (a comida servida num prato); tacos (podem ser do crocante de milho ou do fofinho de trigo); e salada. Após escolher o tipo de comida, o funcionário provavelmente irá perguntar se é to here (comer no restaurante) ou to go (levar para casa).

Eu confesso que sempre peço o bowl, que vem bastante comida. A partir daí é escolher quais ingredientes: arroz branco ou integral (white or brown rice); feijão preto ou marrom (black or pinto beans); picadinho de boi, porco desfiado, cubos de frango, boi desfiado ou tofu (steak, carnitas, chicken, barbacoa ou sofritas, respectivamente).

Daí você escolhe os acompanhamentos: fresh tomato salsa (um vinagrete levemente apimentado), tomatillo green-chili salsa (bem apimentadinho) ou tomatillo red-chili salsa (pimenta real oficial); cheese ou sour cream (queijo ou creme azedo); guacamole (pasta de abacate); romaine lettuce (alface); e queso (molho de queijo). É importante ressaltar que o guacamole e o queso são cobrados à parte, então não se assuste se você pedir esses acompanhamentos e a conta vier mais cara do que você tinha imaginado.

Para beber, você pode pedir um dos refrigerantes que você mesmo serve na máquina, bebidas enlatadas, cerveja e até margaritas. Para comer, também tem opção de chips com algum dos molhos e um menu infantil que eu nunca dei muita atenção porque não sou obrigado.

Se o restaurante estiver muito cheio ou você tiver dificuldade com inglês e se sentir inseguro, você pode fazer seu pedido pelo aplicativo no celular, cortar e fila e não ter que conversar com os atendentes. Prático e elegante.

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Resumo ★★★★☆

Não vou dizer que o tempero parece de comida brasileira, mas o fato é que nessas viagens a gente acaba economizando na alimentação e indo para o lado dos lanches baratos e rápidos, mas chega uma hora que dá vontade de comer um bom arroz com feijão, carne e salada. O Chipotle é uma ótima alternativa porque, além do preço justo, é uma refeição gostosa e mais saudável do que os fast-foods em geral.