Litoral Oeste

Jericoacoara – Passeio pelo litoral oeste

A Vila de Jericoacoara fica dentro do parque nacional, rodeada por quilômetros de dunas de areia. Para chegar e sair de lá, incluindo visitar os pontos turísticos que ficam mais distantes, é preciso usar veículos com tração 4×4. Muitos trajetos não são demarcados, o que exige experiência para saber onde ir e também não acabar atolado no meio do caminho.Por isso, o melhor é contratar um guia para o passeio pelo litoral oeste.

Reserva de passeio ou atração

Existem muitas alternativas de transporte, variando em quantidade de pessoas, conforto, nível de aventura e, claro, preços. Para quem está viajando sozinho ou quer economizar, a opção mais barata é o tour compartilhado, tendo como companhia pessoas desconhecidas. Entre os privados, vale a pena ir com até dez pessoas na jardineira ou até quatro pessoas no 4×4, esse segundo mais confortável por conta dos assentos e do ar-condicionado. Entre os privados para menos gente, tem o de até duas pessoas no quadriciclo ou de duas a quatro pessoas no UTV, ideias para quem gosta de mais emoção e quer ir dirigindo.

Transporte no passeio pelas dunas
Transporte no passeio pelas dunas

Como estávamos em três pessoas, escolhemos o tour privado de buggy. O veículo comporta até quatro passageiros além do motorista. Não é exatamente a opção mais confortável, pois quem fica na parte de trás precisa se segurar bem, além de tomar muito sol, mas cumpriu seu objetivo e recomendo. Importante usar roupas adequadas, como camisa com proteção UV e chapéu, além de passar e repassar o protetor solar.

Trajeto de ida
Praia Jeri

Após sermos buscados no hotel, passamos algum tempo percorrendo a Praia Jeri, que é bem isolada, sem nenhuma estrutura de barracas. Eu imagino que o trajeto possa ser um pouco diferente dependendo do motorista e do nível da maré, que muda com os dias e horários, mas nesse dia passamos uma boa parte perto do litoral.

Travessia do rio de balsa
Travessia do rio de balsa

Logo chegamos a um rio para fazer a travessia de balsa. São poucos minutos para chegar à outra margem, onde fica a vila de pescadores chamada Guriú, já fora do parque nacional e pertencente ao município de Camocim. É um lugar pacato e ideal para quem quer relaxar, com algumas opções de hospedagem, geralmente em casas. Eu acabei só vendo mesmo de longe, já que o passeio não entra pelas ruas do vilarejo.

Passeio pelo rio
Passeio pelo rio

Na outra margem, temos a opção de adentrar o rio em canoas comandadas por pessoas da comunidade. Cobrado a parte, o passeio tem como objetivo mostrar os cavalos-marinhos em seu habitat natural por um percurso que dura cerca de vinte minutos. Nesse tempo, o barqueiro vai dando informações sobre a vida do animal, incluindo sua curiosa reprodução.

Observação de cavalos-marinhos
Observação de cavalos-marinhos

Achei bem interessante pelas informações e conscientização para preservação, mas confesso que fiquei um tanto receoso por capturarem um dos cavalos-marinhos e passar para os turistas tirarem fotos, pois não sei qual é o nível de estresse que isso causa. Observei que eles seguem a regra de nunca tocá-los, pegando em um recipiente grande de vidro e devolvendo rapidamente para a água.

Mangue seco
Mangue seco

Seguindo o passeio, passamos pelo local conhecido como mangue seco, um cemitério de árvores com raízes aéreas que cria um belo contraste com o azul do céu. A Praia do Guriú em si é pouco frequentada, mas parece ser bem bonita, com sua extensa faixa de areia branca, mar azul e muitos coqueiros. No ponto de parada, há algumas barquinhas para quem quiser comprar algo para beber e comer. Eu tinha levado, já que o passeio dura o dia inteiro, e pude economizar.

Balanço no mangue seco
Balanço no mangue seco

Assim como muitos outros lugares que visitei nessa região, havia ali vários balanços decorados com flores ou mensagens, onde as pessoas tiram fotos. Eu acabei dando uma volta pela área e entrei na parte molhada do manguezal, embora a lama e o cheiro não sejam exatamente agradáveis, mas dava para ver o encontro do rio com o mar.

Esquibunda nas dunas
Esquibunda nas dunas

O melhor de fazer o passeio no esquema privado é ter maior liberdade na definição do roteiro e de quanto tempo ficar em cada lugar. Tiradas as fotos, já saímos dali para começar a ver os atrativos que ficam nas Dunas de Tatajuba. O primeiro ponto de parada foi para a prática do esquibunda, que é pago a parte. Não estávamos interessados, então seguimos em frente com passeio de buggy, pedindo ao motorista para ir com emoção, ou seja, com velocidade e descendo inclinações maiores.

Tirolesa nas dunas
Tirolesa nas dunas

Logo chegamos a um um atrativo bem mais movimentado: uma das lagoas de água doce. A profundidade varia ao decorrer do ano, já que depende da água das chuvas para ficarem cheias. Por isso, a lagoa onde é feita a parada pode mudar. Ali, forma-se uma fila grande para descer pela tirolesa. Como é pago e eu já fiz isso em outros lugares, além de ter ficado com preguiça de esperar minha vez, acabei deixando para lá.

Tobogã na lagoa
Tobogã na lagoa

Outra atividade no local é o tobogã. Essa opção é menos radical e mais rápida, pois não precisa de tantos procedimentos de segurança. Vale a pena porque também é bem gostoso nadar nessas águas quentinhas no meio de montes de areia, uma experiência que não se tem em qualquer lugar.

Praia de Tatajuba
Praia de Tatajuba

A Praia de Tatajuba, considerada uma das mais encantadoras do Ceará, abrigava uma comunidade que foi soterrada pelo movimento das dunas na década de 1980. As famílias dos pescadores, que vivem bem integradas à natureza, reconstruíram tudo em outro espaço, agora com o nome de Nova Tatajuba. Ali há boas opções de hospedagens e a oportunidade de ouvir sobre essa inusitada história diretamente dos moradores locais.

Lagoa de Tatajuba
Lagoa de Tatajuba

Mas a maioria dos viajantes, nem chega a ver a vila, que não está inclusa como destino do passeio. Por isso fomos direto para a Lagoa de Tatajuba, também chamada de Lagoa Grande, onde passamos a maior parte do tempo. O tamanho faz jus ao nome, já que ela é enorme, principalmente se comparada àquela vista anteriormente. Embora seja rasa perto das barracas, a profundidade aumenta bastante em alguns pontos mais distantes, sendo importante tomar cuidado ao explorar o local.

Almoço da Barraca do Didi
Almoço da Barraca do Didi

Quando chegamos, o bugueiro nos levou diretamente para a Barraca do Didi, com a qual provavelmente tem algum tipo de parceria. Mas são vários estabelecimentos um ao lado do outro, então você fica livre para escolher onde ficar. Como eu não havia feito nenhuma pesquisa prévia e achei o espaço agradável, pedi um almoço ali mesmo. Escolhi um peixe assado na brasa, que estava bem gostoso.

Atividades e descanso
Atividades e descanso

No restante do tempo, aproveitei para me refrescar na água e ficar deitado em uma das rede. Outras pessoas estavam passeando pelas dunas, brincando dentro de bolas de ar gigantes ou praticando o stand up paddle – basicamente ficar em pé e remar em uma prancha, ideal para águas calmas.

Retorno pela praia
Retorno pela praia

Depois de algumas horas por lá, chegou o momento de voltar para Jericoacoara. Aqui entra outra questão que deve ser combinada antecipadamente com o guia, pois é possível ser deixado na Duna do Pôr-do-Sol para acompanhar o fim do dia. Eu estava cansado depois de um dia inteiro passeando, então preferi voltar ao hotel para tomar um banho e deitar um pouco, antes de sair e procurar um local para jantar.

No mapa interativo acima eu marquei esses e outros atrativos que visitei na região. É possível aproximar para ver mais detalhes, bem como afastar para visualizar os pontos mais distantes, como os desse passeio pelo litoral oeste.

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