A Vila de Jericoacoara é um destino de grande potencial turístico devido às suas belezas naturais, servindo como base para ir a atrativos que incluem praias paradisíacas, grandes dunas de areia, lagoas de água doce e prática de esportes. Quando eu fiz minhas pesquisas na internet, encontrei mais informações sobre os passeios pelo litoral leste e pelo litoral oeste, que percorrem vários quilômetros do litoral cearense e precisam ser feitos por veículos adequados para andar sobre a areia.
Mas não é preciso ir longe ou pagar pelo transporte para curtir a estadia por lá, já que a praia principal pode ser acessada facilmente a partir de uma curta caminhada e inclui um dos atrativos mais icônicos da cidade – a duna de onde muitos visitantes acompanham o pôr-do-sol. A distância varia de acordo com a localização da sua hospedagem, mas a vila é pequena o suficiente para que qualquer ponto fique tranquilo.
Para se ter uma ideia, do local onde se paga a taxa de turismo e onde fica o estacionamento na entrada da vila, são apenas 1,5 quilômetros de caminhada até a praia. Eu já fiquei no Hotel Jeri, que fica a cerca de 750 metros do mar. Pelo mapa acima dá para ter uma boa ideia de onde ficam os principais pontos.
Apesar de seu tamanho reduzido, há, literalmente, centenas de opções de hospedagem na vila. Ali estão alternativas para todos os bolsos e gostos, entre hotéis, pousadas, albergues, apartamentos, casas de temporada, acampamentos e resorts. Alguns deles ficam literalmente de frente para a praia, o que pode ser uma ótima opção para aqueles que querem curtir o local sem fazer grandes deslocamentos.
A praia principal tem águas calmas e, quando eu entrei, a maré estava baixa e dava para ir até longe sem que ficasse fundo. Eu gosto bastante quando fica assim porque dá para relaxar, se refrescar e curtir a paisagem sem fazer grandes esforços. Desse ponto, é possível ver algumas das enormes dunas de areia da região, onde também se pratica o sandboard.
Assim como acontece em muitas outras praias, ali é cobrada uma consumação mínima para usar as cadeiras e guarda-sóis, principalmente se você escolhe ficar nas da frente. Sinceramente, não vejo problema nisso já que muitas pessoas poderiam sentar ali e não consumir nada o dia inteiro, o que não faria sentido para as barracas. Além do mais, há sempre a opção de ficar em outros pontos próximos, sem estrutura nenhuma ou levando sua própria sombrinha.
Como eu gosto de ficar um tempo considerável no mar, mas tenho pavor de ficar queimado de sol, tenho usado muito acessórios como camisas com proteção UV e chapéus, além de passar e repassar o protetor solar algumas vezes durante o dia. Importante lembrar que o clima nessa região é quente durante todo o ano, com temperaturas máximas acima dos trinta graus.
Felizmente, tem sempre ventos muito fortes e isso dá uma boa refrescada. De fato, as pessoas aproveitam para praticar por ali esportes aquáticos como windsurf, kitesurfe e canoagem. Em alguns pontos, as ondas são mais fortes e possibilitam também a prática do surfe. Eu preferi ficar só nadando mesmo e também fiz longas caminhadas pelo litoral.
Ao longo da praia, é possível encontrar alguns estabelecimentos para alugar pranchas, roupas e acessórios, além de comprar o que for possível levar na mala. Eles também oferecem aulas, o que pode ser interessante para quem nunca praticou os esportes e quer fazer algo diferente – eu confesso que nunca experimentei. O máximo que já fiz foi stand up paddle, que é basicamente ficar em pé e remar – parece fácil, mas exige um bom equilíbrio. Também vi gente aproveitando a quadra com rede para jogar vôlei, futvôlei, peteca e coisas do tipo na areia.
Outra possibilidade é aproveitar um dos restaurantes e bares que ficam por ali. Em um dos fins de tarde, eu resolvi comer na Naturalmente Creperia e pude acompanhar com conforto e boa comida o céu sendo tomado por cores alaranjadas. A Vila de Jericoacoara está em um dos poucos lugares do país onde é possível ver tanto o nascer quanto o pôr-do-sol no oceano, graças à sua localização peninsular.
O ponto mais famoso para acompanhar o espetáculo é a Duna do Pôr do Sol, assim chamada justamente por ser o local preferido pelos turistas para essa hora do dia, pela sua altura e posição privilegiada. A formação, que já chegou a ter cinquenta metros de altura, tem aproximadamente quinhentos anos e vem, aos poucos, se deslocando para junto do mar, à medida que o vento sopra os grãos de areia.
Ali é proibido passar de carro, mas eu achei bem tranquilo de ir caminhando, já que a inclinação não é muito grande subindo pela lateral. Nas fotos não aparece tanto, mas há um bom desnível entre o topo da duna e a faixa de areia junto ao mar.
Viajento 