Museu da Natureza

Serra da Capivara – Museu da Natureza

As pesquisas realizadas por dezenas de anos no Parque Nacional da Serra da Capivara geraram um grande número de publicações científicas e rico acervo arqueológico, paleontológico e histórico. Para guardar os materiais encontrados nas escavações feitas a partir de 1973 e tornar tudo isso acessível ao público geral, foram criados o Museu do Homem Americano e o Centro Cultural Sérgio Motta.

Circuito do Sítio do Meio
Museu da Natureza

Quando esses espaços se mostraram insuficientes, iniciou-se a construção do Museu da Natureza, inaugurado em 2018. Ele foi construído bem integrado ao parque, na zona rural de Coronel José Dias. À primeira vista, pode parecer redundante tratar o tema nesse local, já que é possível ter um contato maior com o meio ambiente e os vestígios de outras civilizações fazendo os passeios pelo parque. Mas o fato é que o museu reúne uma quantidade incrível de informações, objetos e recursos que tornam a experiência o complemento ideal ao que é visto do lado de fora.

Evolução da fauna
Evolução da fauna

São doze salas organizadas em forma cronológica que parte do buraco negro, com a criação do nosso universo; passam por transformações geológicas, climáticas e biológicas; e chega às perspectivas para o futuro. Além do aspecto informativo, a exposição tem um grande papel educativo, fazendo com que o público reflita sobre o papel do homem no planeta.

Fósseis cristalizados
Fósseis cristalizados

Embora tenha um caráter universal, também existe um foco na região. É interessante pensar que toda a área do entorno já esteve coberta pelo mar e entender como os paredões de rocha e os fósseis encontrados são provas desse passado que, hoje, parece tão inusitado. O legal é que tudo isso é apresentado em exposições modernas, com uso de recursos audiovisuais, interatividade e visual atrativo complementando as informações textuais.

Preguiça gigante
Preguiça gigante

Mesmo a história mais “recente” impressiona. Há dez mil anos atrás, a serra era mais úmida e menos quente, com muitos rios, lagos e vegetação exuberante. Isso permitia a existência de animais como a preguiça gigante, que tem uma réplica em tamanho real, com seis metros de altura, exposta no museu. O fim da última era glacial trouxe mudanças severas, como o desaparecimento de várias espécies vegetais e, consequentemente, dos animais que dependiam delas.

Terraço com vista para o parque
Terraço com vista para o parque

A visita termina no terraço, de onde se tem uma vista em 360° de toda a região. Como eu fiz a viagem em maio, no fim da estação chuvosa, a natureza estava bem exuberante. Importante ressaltar que a caatinga abriga uma biodiversidade imensa, com uma variedade maior que a encontrada em todo o território europeu. São mais de três mil espécies vegetais já identificadas. Da fauna, há cerca de duzentas espécies de mamíferos, duzentas de répteis, seiscentas de aves e uma grande diversidade de insetos.

Visita ao museu
Visita ao museu

Os dias e horários de funcionamento, bem como o valor atual do ingresso, podem ser acessados na página oficial. Eu percorri toda a exposição com calma e gastei pouco mais de uma hora. Então, o ideal é combinar a visita com outros passeios pelo parque, sendo que os mais próximos são o Circuito do Boqueirão da Pedra Furada e o Circuito do Sítio do Meio.

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