A Vila de Jericoacoara está localizada em uma pequena península no Parque Nacional de Jericoacoara. Criada em 2002 com mais de oito mil hectares de área, o espaço de proteção ambiental possui boa variedade de paisagens como praias, restinga, gramados, lagoas e campos de dunas. Na paisagem, prioritariamente plana, destaca-se um serrote, pequena elevação com penhascos rochosos que protege a parte urbanizada de ser tomada pela areia – algo que aconteceu com alguns vilarejos de pescadores próximos.
Como possui água tanto a leste quanto a oeste, esse é um dos poucos lugares no país onde é possível ver o nascer e o pôr-do-sol no mar, bem como o movimento da lua. Também é sua localização peninsular a responsável pelos fortes e constantes ventos, o que torna suas praias ideais para a prática de esportes aquáticos como windsurf e kitesurfe.
A Duna do Pôr-do-Sol é um exemplo da migração de um banco de areia, pois vem avançando aos poucos em direção ao mar, um processo natural que vem sendo potencializado pelo impacto humano. Já se passaram cerca de quinhentos anos desde sua formação, mas ela vem diminuindo de tamanho e tem, atualmente, cerca de trinta metros de altura.
Além do oceano, a região é marcada por outros recursos hídricos que incluem diversos rios e córregos. Com relação às lagoas, algumas são perenes (duram o ano todo) e outras desaparecem nos meses de estiagem. É importante levar isso em consideração, já que alguns passeios incluem paradas em lagoas que estarão quase ou totalmente secas nos meses finais do ano.
Obviamente, todos preferem ir para a praia e passeios externos com um céu limpo. Nessa área, é comum pegar chuva de janeiro a junho. Eu fiz o passeio em outubro e não vi uma gotinha de água cair do céu, o que foi ótimo. Em compensação, o nível de água de algumas lagoas já estava bastante baixo, mas nada que prejudicasse a viagem, na minha opinião. A Lagoa do Paraíso, por exemplo, é bem extensa e pode ser visitada durante todo o ano, funcionando como uma praia de água doce.
Ela fica em Jijoca de Jericoacoara, mas a maioria dos turistas que visitam a região procuram hospedagem na vila, que fica isolada e a uma distância de quinze quilômetros. Ali há opções para os mais diversos gostos e bolsos, com albergues, pousadas, hotéis e casas de temporada, além de toda a estrutura de locais para se alimentar, profissionais preparados para conduzir os passeios pela região e lojas de artesanato e produtos loais. De fato, a atividade econômica mais importante é o turismo, seguido de pesca, agricultura e pecuária.
O clima quente e úmido é classificado como tropical, com temperaturas médias que variam entre 33°C e 24°C, mas as chuvas no primeiro semestre do ano ajudam a dar uma amenizada na sensação térmica. Essa também é a época que a vegetação fica mais exuberante, composta por gramíneas e ervas na área de dunas, mas apresentando espécies da caatinga e mata serrana em outras áreas. Já quem busca tempo seco e ventos mais fortes, o ideal é visitar a região entre julho e dezembro.
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