Gruta do Salitre

Diamantina – Gruta do Salitre

Embora os atrativos mais famosos de Diamantina encontrem-se no centro histórico, com muitas igrejas e construções da época colonial, também é possível ir além da parte urbana e fazer passeios pela exuberante natureza da região. Eu mesmo passeei um dia inteiro no Parque Estadual Biribiri, que possui trilhas para cachoeiras e uma charmosa vila. Outra atividade interessante é visitar essa gruta que fica a cerca de oito quilômetros da cidade.

Estrada de terra
Estrada de terra

Eu estava com veículo próprio, mas também é possível alugar um carro ou até mesmo ir de bicicleta até o local. Partindo de carro do centro, leva-se cerca de vinte minutos para chegar ao local – a indicação em aplicativos de mapas no celular estava correta e não tive nenhuma dificuldade para encontrar o destino.

Estacionamento gratuito
Estacionamento gratuito

Chegando lá, deixei o carro no estacionamento gratuito. Embora a estrada esteja em boas condições, as coisas se complicam em caso de chuva ou com o solo lamacento do dia anterior. Eu recomendo dar uma conferida na previsão do tempo para qualquer passeio ao ar livre, mas aqui fica reforçada a necessidade, mesmo porque o acesso à gruta pode ser fechado.

Entrada da trilha
Entrada da trilha

Antes de ir, entrei em contato por mensagem com o Instituto Biotrópicos, órgão responsável pela conservação desse patrimônio natural. Além de passar informações de como chegar ao local, melhor horário de visitação e outros detalhes, eles também fazem o agendamento da visita, que é um procedimento obrigatório. Também vale a pena verificar a programação de eventos, que inclui concertos musicais e práticas esportivas.

Acesso com escadas
Acesso com escadas

Para visitar a gruta, é preciso pagar uma taxa de conservação. O passeio pode ser feito por conta própria ou acompanhado de um dos funcionários, cuja explicação sobre a formação geológica, a história local, a fauna e a flora tornam a visita bem mais completa e interessante. São moradores da própria região que trabalham como guias e o tour guiado dura cerca de uma hora.

Teto vazado
Teto vazado

É interessante notar que as rochas parecem brotar da terra. De fato, elas foram erguidas pela movimentação do solo, indo da posição horizontal para a vertical. Especialistas afirmam que o processo ocorreu a cerca de um bilhão de anos. Após vários desmoronamentos, a ação dos ventos e lavagem dos sentimentos pela chuva, formou-se um cânion que atinge oitenta metros de altura, com fendas que parecem ter sido cortadas a laser. Já o interior da gruta pode chegar a 500 metros de profundidade, mas o acesso é vedado ao público atualmente.

Passagem entre as pedras
Passagem entre as pedras

A gruta está inserida na Serra do Espinhaço, que se estende pelos estados de Minas Gerais e Bahia com terrenos ricos em ferro, manganês, bauxita e ouro. Mas a gruta leva o nome de salitre, como é popularmente conhecido o nitrato de potássio. Misturado ao enxofre e ao carvão, ele gera a pólvora. Como era o único explosivo conhecido na época da colonização, a matéria foi bastante usada tanto na indústria bélica quanto pela mineração, permitindo a abertura de minas e o desvio do curso de rios.

Vilarejo de Extração
Vilarejo de Extração

Não à toa, o vilarejo perto da gruta chama-se Extração, mas também  é conhecida como Curralinho. Eu aproveitei que estava na área e passei por lá. Quem quiser investir mais tempo no ecoturismo, também pode buscar uma hospedagem na vila. A comunidade conta com uma igreja e casinhas simples, além de um bar e restaurante onde os visitantes aproveitam para comprar bebidas e comidas antes de seguir o passeio por outros atrativos da região.

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