O Parque Nacional da Serra do Cipó possui atrativos diversos naturais, com trilhas para mirantes, cachoeiras e lagos, por exemplo. Nesse dia, o meu objetivo era chegar à queda d’água mais distante do Vale do Bocaina, mas passei por outros pontos interessantes pelo caminho, incluindo o agradável e de fácil acesso Bambuzal – basicamente um local para tomar banho de rio.

Quando eu fiz esse passeio, a cobrança para entrar no parque estava temporariamente suspensa – há anos, diga-se de passagem. Recomendo acessar a página oficial para informações atualizadas, incluindo horário de funcionamento e outras orientações. No meu caso, parei meu carro do lado de fora da Portaria do Retiro e entrei sem pagar nada. A estrutura é bem mais simples que aquela encontrada na Portaria Areias, que é a principal do parque.

Trata-se mesmo de um ponto de controle onde fica um funcionário, que passa informações para os visitantes. Aproveitei e perguntei a ele se ali não tinha aluguel de bicicleta para fazer as trilhas mais distantes e ele me explicou que o caminho não era propício, o que se confirmou quando segui para as cachoeiras. Mas nessa primeira parte seria perfeitamente possível, já que andei nessa estrada calçada por cerca de 750 metros.

Logo depois a coisa se complica um pouco, pois começa a estrada de terra com algumas subidas e descidas leves. O problema aqui não é tanto o esforço físico, já que as inclinações não são tão grandes, mas as pedras soltas podem dificultar um pouco a caminhada. Como o trajeto para esse destino é curto, totalizando menos de 2 km, vi algumas pessoas carregando caixas térmicas com bebidas e lanches.

O único obstáculo de fato para chegar ao destino é atravessar um pequeno córrego pouco antes da metade do caminho, assim que começa a estrada de terra. Mesmo indo no final do verão, considerado a estação molhada da região, o curso estava bem baixinho e foi facilmente cruzado sem necessidade de tirar o tênis, já que foram dispostas algumas pedras mais altas em um dos cantos. Talvez em meses mais secos ele quase não apareça.

Falando nisso, é importante verificar a previsão do tempo antes de fazer esse passeio. Primeiro porque o acesso fica mais complicado com a estrada cheia de lama, que pode causar quedas. De fato, alguns pontos por onde passei estavam mesmo com poças d’água. Segundo porque pancadas de chuva podem elevar rapidamente o nível do rio e causar afogamentos, então é necessário estar sempre atento.

Com cerca de 1,5 quilômetros de caminhada, passei por um restaurante chamado Recanto Ildeu e Fatinha, que serve comida caseira preparada no fogão a lenha. Para quem vai passar uma parte do dia no local, é uma opção interessante para almoçar, sendo recomendado fazer a reserva no momento da ida. Dessa forma, você também valoriza o trabalho dos moradores locais.

Uns 150 metros depois, cheguei a outro ponto que vende bebidas e lanches. É justamente ali que fica o desvio, identificado por uma placa, que dá acesso ao rio. Basta descer uns 50 metros e você verá o curso d’água e os bambus que dão nome ao local. O tempo de deslocamento vai variar de acordo com o ritmo de cada um, mas como referência, eu gastei 25 minutos.

O Bambuzal funciona como uma praia de água doce na foz do Rio Bocaina. Ali tem um banco de areia que dá para ficar exposto ao sol e deixar os pertences, mas também há pontos de sombra para quem quiser se proteger. O banho é bem gostoso e relaxante, principalmente nos dias de calor, como o que eu peguei. Além disso, como não é um dos principais atrativos do parque, ali não costuma ficar muito cheio.
Para facilitar a localização dos atrativos, entender melhor o trajeto descrito nessa postagem e planejar seu próprio itinerário, disponibilizo acima um mapa interativo com tudo que já visitei do parque e da comunidade. Para ver mais detalhes, basta aproximar com o zoom.