Com apenas 500 metros de extensão, a Praia do Arpoador possui um belo mirante natural e ondas grandes que atraem surfistas. O nome do local é uma referência ao passado, já que, no período colonial do Rio de Janeiro, era bastante visitada por baleias. Os pescadores (arpoadores) subiam em suas pedras para melhor visualizar os animais que pretendiam pescar com seus arpões. Também há uma outra teoria que diz que o nome surgiu a partir de uma observação aérea de suas formações rochosas, que lembram uma pessoa segurando o equipamento.

Aliás, a Pedra do Arpoador é justamente seu principal atrativo. É claro que muitos turistas e moradores também visitam o local para curtir a praia, que fica entre a Praia de Ipanema e a Praia do Diabo. Também dá para passar no Parque Garota de Ipanema, que leva o nome da famosa canção com música de Tom Jobim e letra de Vinícius de Moraes, possui uma área de preservação natural e é palco de apresentações musicais. Mas o maior motivo para ir até lá é mesmo para assistir ao pôr do sol.

O acesso se dá através de algumas passarelas e escadas cimentadas construídas para facilitar a caminhada, já que alguns trechos são íngremes e acidentados. Eu confesso que teria preferido que não houvesse sido feita qualquer interferência, deixando o espaço mais natural. Ainda assim é bem bonito e você passa por entre vários cactos e outras vegetações.

À medida que você circula por lá, é possível ter diferentes pontos de vista da região, incluindo o Corcovado, no alto do qual se destaca o Cristo Redentor, o Morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, as praias de Ipanema e do Leblon, o Forte de Copacabana e a própria cidade, já que a península adentra no mar.

Antes de se dirigir para lá, eu recomendo dar uma pesquisada no horário do pôr do sol para não chegar muito em cima, já que vale a pena aproveitar o ambiente para tirar diversas fotos da paisagem e, por quê não, de si mesmo. Uma dica é ir caminhando até a parte mais distante, que é onde irá se concentrar a maior parte das pessoas.

Com o passar do tempo, vai chegando mais e mais gente. Como é um ponto turístico localizado em uma das áreas mais turísticas da cidade e não há nenhum tipo de controle ou cobrança, todos aproveitam. Alguns levam toalhas de praia para se sentar e deitar com mais conforto, outros reunem os amigos para tocar um violão e também tem quem leve seu próprio lanche. Também ficam circulando diversos vendedores ambulantes, principalmente com caipirinhas.

Como eu tinha passeado o dia inteiro, já que aproveitei o domingo para caminhar pelo Aterro do Flamengo e almoçar no Lilia Café, preferi sentar e descansar, aproveitando o clima mais ameno do fim da tarde, o vento na cara e a paisagem que ia mudando de cor à medida que o sol descia no horizonte.

Se você fizer questão de ter uma vista sem ninguém na sua frente, é preciso ir até o ponto mais extremo da Pedra do Arpoador. Para mim não fazia tanta diferença e fiquei um pouco mais para trás, inclusive matando o tempo vendo algumas pessoas pescando, outras pulando das rochas para dentro do mar e a maioria tirando selfies.

Logo o sol se esconde atrás das águas e das montanhas e parece um estouro da boiada, já que quase todos se levantam para ir embora do local ao mesmo tempo. Eu aproveitei para também sair enquanto estava claro, já que o caminho inclui alguns trechos com falhas nas pedras que podem causar acidentes. Mas basta andar com calma e atenção que não haverá nenhum tipo de problema, apenas a satisfação de ter presenciado mais um espetáculo da natureza.