Museum of Natural Science

Houston – Museum of Natural Science

Fundado em 1909, esse museu sempre teve como meta aumentar o conhecimento dos indivíduos na ciência natural e temas relativos. Tudo começou com modestas mostras no centro da cidade, depois um espaço mais generoso dentro do Houston Zoo, seguido da abertura de um planetário em 1964 e, finalmente, a locação atual também dentro do Hermann Park, no endereço 5555 Hermann Park Drive. Nesses mais de cem anos de história, a instituição cresceu bastante.

Bilheteria do museu
Bilheteria do museu

Atualmente, o museu de ciências naturais recebe milhões de visitantes, estudantes e famílias de todo o mundo ao longo do ano. Trata-se de um dos museus mais visitados dos Estados Unidos. O espaço físico também impressiona, pois são cinco andares de salas de exibição, laboratórios, espaços de trabalho e muito mais. Eu fiz o passeio na quinta-feira à tarde porque nesse dia e horário tem entrada gratuita para a coleção permanente. Basta entrar e se dirigir à bilheteria para pegar o ingresso.

Arquitetura moderna
Arquitetura moderna

As informações sobre dias e horários de funcionamento, bem como os preços para as diversas exibições, o planetário, o borboletário e o cinema podem ser encontrados na página oficial. Para a coleção permanente é recomendado reservar pelo menos duas horas de passeio. As exposições tratam de astronomia, espaço, cultura nativa americana, paleontologia, energia, química, pedras preciosas e minerais, conchas, fauna texana e muito mais. Obviamente se você for ler tudo, interagir, apreciar e refletir, você vai acabar ficando dias lá dentro e a experiência deixará de ser prazerosa e tornará cansativa, pois é muita informação. Por isso, eu dediquei mais tempo aos temas que me interessaram mais e passei rapidamente pelas outras exibições.

Hall of Paleontology
Hall of Paleontology

Assim que cheguei, fui logo para o Hall of Paleontology, pois é uma das áreas que mais impressionam nesse tipo de museu. Trata-se de um grande galpão onde é contada a evolução das espécies, desde os micróbios que conviveram com oceanos ácidos e atmosfera envenenada, passando por criaturas marinhas que conquistaram a superfície, destacando a vida dos dinossauros e outros seres extintos por destruições em massa de causas misteriosas. Ao final desse safari pré-histórico, está a explicação do que mudou as regras da natureza e como a humanidade se encaixa na linha histórica da Terra.

Cabinet of Curiosities
Cabinet of Curiosities

Dali passei no Cabinet of Curiosities, uma exposição em homenagem às coleções privadas de extraordinários objetos do passado. Esse hobby chamado “armário de curiosidades” ficou popular durante o renascimento e alcançou seu ápice na era vitoriana. Trata-se de um apanhado de coisas naturais e feitas pelos próprios homens que são dispostas em compartimentos. Com o correr do tempo, tendo evoluído em tamanho e importância, elas passaram a ser adquiridas por pessoas da alta sociedade e membros da realeza, chegando a ocupar cômodos inteiros. Posteriormente, muitas dessas coleções foram doadas ou adquiridas por instituições, passando a fazer parte dos primeiros museus públicos. Como uma homenagem a essa história, aqui é apresentada uma interpretação desse antigo costume.

Representações de vários biomas
Representações de vários biomas

Uma boa parte das exibições é voltada para a apresentação de ecossistemas diversos. O Houston Museum of Natural Science possui uma mostra do Texas Wildlife desde seus primórdios, quando ainda era parte do Houston Zoo. A versão atual apresenta representações de matas, montanhas, desertos, praias e outros biomas, com centenas de espécies vegetais e animais, muitas das quais encontram-se em algum risco de extinção. Uma das importantes facetas do museu é servir como monumento histórico. Por esse motivo, a ênfase é mostrar como seriam esses espaços naturais antes da ocupação abrangente dos homens. De fato, algumas espécies de veados, águias, falcões e crocodilos, entre outros, chegaram a ser extintos no estado, mas foram novamente incorporados à natureza. Além dessa parte voltada para o Texas, que inclui o Hall of Texas Coastal Ecology e o Vintage Texas Wildlife Dioramas, também há exposições de outras regiões como o Hall of African Wildlife, o Hall of Malacology (com foco nos moluscos) e o Alfred C. Glassel, Jr. Hall (com grandes espécies de peixes).

Farbegé: Royal Gifts
Farbegé: Royal Gifts

Há também uma grande sessão do museu voltada para as joias e minerais, iniciando com o Hall of Gems and Minerals. São centenas de minerais cristalizados, incluindo os mais raros e belos exemplares. Ali estão expostas pedras de vários lugares do mundo – eu sempre fico procurando as brasileiras. Já no Fabergé: Royal Gifts, é possível apreciar a maior coleção privada de peças criadas por essa famosa firma, incluindo dezenas dos seus famosos ovos. Peter Carl Fabergé é conhecido por incluir nos Imperial Easter Eggs (há dois nessa coleção) uma surpresa que pode ser uma figura realista, um porta-retratados com a foto da pessoa amada ou, talvez o mais celebrado de todos, um animal com movimentos mecânicos. Há ainda um Gem Vault, com pedras lapidadas.

Hall of the Americas
Hall of the Americas

Já no Hall of the Americas, é celebrada a marcante diversidade e extraordinárias conquistas dos povos indígenas do nosso continente, além da continuidade de suas ricas tradições culturais. Ali estão expostos tapetes, cerâmicas, trabalhos de contas, bonecas da kachina, peças em ouro pré-colombiano e outros objetos de mais de cinquenta culturas, do Alaska ao Peru. Esse tema de civilizações antigas é também o foco do Hall of Ancient Egypt, com a exploração de temas como escrita, religião, recursos naturais e, é claro, a mumificação. A mostra apresenta artefatos coletados desde o início do século XVIII, comparando a arqueologia antiga com as tecnologias utilizadas atualmente com o uso de imagens de satélite e detectores remotos para localização e mapeamento de assentamentos.

Hall of Chemistry
Hall of Chemistry

O Foucault Pendulum, que recebeu esse nome em homenagem ao cientista francês que o inventou. Ao longo do dia, a direção do pêndulo parece mudar. O que acontece é ali é uma representação do movimento de rotação da Terra e, por isso, o pêndulo irá derrubar todos os pinos quando se completar uma volta inteira. Há também exposições científicas como o Hall of Chemistry, que parece uma grande sala de aula interativa de química e física, o Energy Hall, uma área cujo tamanho se aproxima ao de um campo de futebol e explora as diversas facetas do uso da energia no planeta e o Earth Forum, que estava fechado para renovações e não pude conhecer.

Life in Stone
Life in Stone

Também tive a oportunidade de conferir uma exposição chamada Life in Stone, que não faz parte da coleção permanente do museu. Ali estava exposto o trabalho de Gerd Dreher, reconhecido mundialmente como o mais talentoso escultor de pedras preciosas do mundo. Seu trabalho é extremamente detalhado e realista, além de ter um resultado impressionante. São animais criados a partir de cristais de rubis, safiras, ametistas, topázios, águas-marinhas, ágatas e outros.

Exposição temporária
Exposição temporária

Além da extensa coleção permanente, o local recebe diversas exposições temporárias ao longo do ano, sendo essas cobradas à parte. Você pode dar uma pesquisada nos atrativos visitando a página oficial. Além disso, há outros atrativos como o Burke Baker Planetarium, o Wortham GIANT Screen Theatre e o Cockrell Butterfly Center. Cada um desses atrativos também exige a compra de um bilhete específico. Também há uma segunda unidade do museu, The George Observatory in Fort Bend County, que fica fora da cidade e abriga um dos maiores telescópios do país.

Museum Store
Museum Store

Como era de se esperar, tem também uma Museum Store com produtos relacionados ao que foi visto durante a visita. O que me impressionou mesmo no caso do Houston Museum of Natural Science foi a dimensão do espaço e a quantidade de artigos à venda. Eles têm, inclusive, uma loja virtual. Outro atrativo do local são as opções gastronômicas, atualmente contando com um programa chamado The Science of Food, que tem foco em ingredientes locais frescos e culinária saudável.

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