Se tem uma resolução de ano novo que eu sempre falho de cumprir é a de ler mais livros. Com trabalho, postagens do blog, filmes e séries para assistir, fora os inevitáveis e irritantemente constantes compromissos sociais (sim, eu sou desses que prefere ficar em casa), fica impossível se dedicar com a frequência desejada à leitura, uma atividade que requer um mínimo de atenção e mais tempo. De qualquer maneira, resolvi fazer aqui a minha lista dos preferidos do ano (alguns dos quais já postei aqui).
Battle royale
Essa ficção japonesa escrita por Koushun Takami em 1996 e lançada dois anos depois conta a história de alunos do ensino médio que são forçados a lutar uns contra os outros, numa ilha desconhecida, em uma batalha organizada pelo governo autoritário da qual apenas uma das pessoas sairá viva. Se a história te parece familiar, saiba que Jogos Vorazes só foi lançado quase dez anos depois e, naturalmente, foi bastante criticado pelas semelhanças. Eu nunca li Jogos Vorazes, mas vi os filmes. Eu achava que era exagero quando diziam que era plágio. Depois que eu li Battle Royale… bom. Desculpem os fãs da série, mas Jogos Vorazes é uma cópia descarada.
A series of unfortunate events – The bad beginning
Coloquei o nome em inglês porque eu li em inglês (é bom para treinar). No Brasil, o primeiro livro da série de Lemony Snicket, pseudômino do escritor e diretor de cinema americano Daniel Handler, foi lançado com o título Desventuras em série: mau começo. Eu já tinha visto o filme estrelado por Jim Carey (gosto) e esse ano vi a série lançada pelo Netflix (detestei o Neil Patrick Harris como protagonista). Enfim, sempre tive vontade de ler os livros e não me decepcionei. É de um humor negro saboroso, do jeito que eu gosto. O primeiro livro conta como os três irmãos, Violet (inventora), Klaus (ávido leitor) e Sunny (bebê que morde) perdem seus pais em um incêndio e ficam sob os cuidados do Conde Olaf, um sujeito que quer roubar a herança. Devo ler os outros 12 livros da série eventualmente.
Leite derramado
Já escrevi sobre esse livro com mais detalhes nessa postagem. Resolvi que eu colocaria aqui no blog alguns livros, filmes e qualquer outra coisa que eu achasse que tinha a ver com viagem. No caso, esse romance, escrito por Chico Buarque, se passa na cidade do Rio de Janeiro. Narrada por um idoso que se encontra em uma cama de hospital, passa por décadas da história da cidade, muitas vezes através de lembranças confusas, uma característica da memória volátil e febril. Até hoje, foi o livro que eu mais gostei do Chico Buarque. Vale muito a pena ser lido por sua crítica perspicaz da política e da sociedade brasileira.
A cidade e os cachorros
Outro livro que é bastante crítico e já recebeu uma postagem aqui foi esse escrito pelo peruano Mario Vargas Llosa. Lançado em 1963, o primeiro livro do autor narra o cotidiano dos alunos de um colégio militar em Lima e, assim como a obra de Chico Buarque, é bem crítico ao retratar as diferenças sociais, o preconceito, os problemas políticos e outras questões relacionadas à instituição mostrada na trama. Fiquei com vontade de assistir à adaptação cinematográfica, mas não achei em qualidade boa.
Gone girl
Outro livro que eu li em inglês. No Brasil o título é Garota exemplar, o mesmo da adaptação para o cinema. Eu geralmente tento ler os livros antes de ver os filmes porque tenho uma tendência a achar o texto superior. Nesse caso, achei as duas obras muito boas – o roteiro do filme foi escrito pela própria autora, Gyllian Flynn. É claro que o filme não é tão detalhado quanto o livro, como acontece mesmo geralmente, mas enfim… A história segue a investigação do sumiço de Amy, cujo marido é o principal suspeito e tenta provar a sua inocência. Eu adoro suspense e policial e esse teve uma história diferente e bem escrita. Recomendo a leitura (e o filme também).
Os outros livros lidos esse ano
- As aventuras de Pinóquio: História de um boneco (Carlos Collodi)
- Bom dia, tristeza (Françoise Sagan)
- Truly madly guilty (Liane Moriarty)
- Obra completa (Raduan Nassar)
- Library of souls (Ransom Riggs)
Além da versão impressa, também é possível ler no Kindle, dispositivo que mudou a minha relação com a leitura ao permitir carregar uma quantidade enorme de livros em um aparelho cuja bateria dura por vários dias, tem uma tela que não cansa os olhos, dá acesso imediato a dicionários de significado e tradução, marca e compila trechos e outras vantagens.