Puno é uma cidade do Peru muito conhecida pelos viajantes devido à sua localização geográfica às margens do Lago Titicaca. A maioria das pessoas que visita a região tem por objetivo fazer alguma visita às ilhas – eu, por exemplo, fiz o tour às Islas Flotantes de los Uros na parte peruana. A região também é marcada pelos sítios arqueológicos de povos pré-colombianos, o que pode ser observado em Sillustani e outras localidades.

A cidade, fundada em 1668, está a uma altitude média de 3810 metros acima do nível do mar. Como nós, brasileiros, não estamos acostumados com o ar rarefeito das grandes altitudes, é preciso passar por um período de adaptação ao chegar ao local – ou ao primeiro destino no alto da cordilheira, no meu caso, eu já vinha de vários dias de viagem e não tive problema nenhum em Puno. É bom se informar sobre o mal de montanha e como agir para diminuir seus efeitos no corpo. Alguns exemplos são: não consumir bebida alcoólica, beber bastante água, tomar chá de coca, evitar exercícios físicos, andar lentamente nos passeios durante os primeiros dias, etc.

Apesar de estar em um planalto, o relevo é relativamente plano. Puno se encontra entre duas grandes cordilheiras. À direita e norte está a Cordillera Real, também chamada de Carabaya; já à esquerda e mais ao sul, encontra-se a Cordillera Marítima Ocidental, vulcânica. Nas planícies da região, marcadas por pastos e algumas colinas de baixa estatura, correm rios de curso lento que desaguam no Lago Titicaca – a exceção é o Rio Desaguero, que desemboca no lago Poopo, na Bolívia. Aliás, o enorme lago é responsável pela presença de vários microclimas, além de ser fonte de alimentos para a população local e visitante.

Os principais atrativos turísticos de Puno estão fora da cidade, com os passeios no lago ou sítios arqueológicos. A cidade em si não é bonita, sejamos sinceros. Com uma estimativa de 150 mil habitantes nos seus 16km2, já não tem aquele jeito de cidadezinha do interior. Mas a parte histórica em volta da Plaza de Armas é mais preservada e turística, vale a pena conhecer. Se coincidir da sua viagem ser no começo de fevereiro, você pode presenciar a Fiesta de la Candelaria, declarada pela Unesco como Patromônio Cultural e Imaterial da Humanidade. A celebração em homenagem à santa católica se associa ao festejo a Pachamama da religiosidade andina, a Mãe Terra. Deve ser bem interessante – infelizmente eu fui em outra época. Aliás, Puno possui o título de Capital do Folclore Peruano, entre outros como Cidade da Prata, Terra de Artistas e Poetas e Cidade do Lago Sagrado. Alguns textos chegam a dizer que é a Capital Folclórica da América. Mexe!
Mas vamos falar do clima, que sempre é algo que influencia muito nas minhas decisões de quando visitar uma cidade ou região – e que tipo de roupa levar, é claro. A tabela abaixo mostra dados de 2016.
No geral, o clima de Puno é frio e seco, ficando mais temperado nas margens do Titicaca devido à influência do lago. São bem marcadas as estações de chuva e de seca. Para esse tipo de passeio, que você precisa pegar um barco para ir às ilhas ou fazer caminhada ao ar livre para visitar sítios arqueológicos, a chuva é a maior preocupação, então recomendo evitar os meses de dezembro a abril devido às precipitações. Nesses meses de verão podem ocorrer inundações, o que é um transtorno enorme e pode inviabilizar os passeios. Quanto ao clima, as temperaturas máximas não variam tanto, mas parece fazer um frio do inferno ao contrário de junho a setembro, então é bom estar preparado.

Como eu sempre tento fazer as minhas viagens na primavera ou outono, que são considerados baixa temporada por sair dos meses de férias tradicionais e tudo fica mais tranquilo e barato, também acabo pegando um clima mais ameno na maioria dos lugares. Eu fiz a minha viagem em maio e estava aquele friozinho de leve, mas com um sol rachando e céu azul.
Uma boa opção para conhecer a cidade é fazer a reserva online do Tour por Puno, que pode ser realizado em português ou espanhol.