Hostal de Sal

Deserto boliviano – Hostal de Sal

Só para fazer um resumo da trajetória até aqui: saímos de San Pedro de Atacama no primeiro dia de manhã, passamos pelas imigrações do Chile e da Bolívia, visitamos diversas lagoas e gêiseres antes de nos hospedarmos em um albergue sem chuveiro. No dia seguinte, acordamos cedo para continuar a travessia do deserto, onde vimos esculturas naturais em rochas vulcânicas, mais três lagoas e visitamos um salar. Você pode imaginar qual era a prioridade de todos ao chegar na hospedagem no final do segundo dia. Tomar banho. Obviamente.

Quarto de solteiro
Quarto de solteiro

Ao chegar, primeiramente pegamos nossas malas que viajam em cima dos carros e fomos divididos em quartos para duas ou três pessoas – há opção de camas de casal ou solteiros. Esse é um dos pontos positivos desse albergue já que, provavelmente, não será necessário dividir o quarto com pessoas estranhas – a essa altura da viagem, não tão estranhas assim. De qualquer maneira, é bom ter um pouco de privacidade.

Mas, como eu disse, a prioridade de todos era tomar banho. Depois de deixar as malas em seus respectivos quartos, corremos para o banheiro para nos certificar que era verdadeira a promessa de chuveiro quente. Era. Mais ou menos. Havia dois ou três chuveiros quentes, mas só podia usar um de cada vez porque senão diminuía o fluxo e a água saía fervendo. Como ninguém queria se arriscar ter que tomar banho frio, logo formou-se uma fila. A dica é fazer isso mesmo já que, depois, chegou um outro grupo de pessoas e o hotel ficou mais cheio.

Caldo verde
Caldo verde

Enquanto tomávamos banho, os funcionários já preparavam o jantar e logo começou a subir aquele cheirinho inebriante de comida que seduz. No Hostal de Sal foi tudo mais arrumadinho, com pratos bonitos e tal. De entrada, foi servida um caldo verde acompanhado de pão. Bem gostoso e uma ótima pedida para aquecer o corpo. O prato principal foi frango assado e batatas fritas um tanto gordurosas, mas quem está reclamando?

Durante a refeição, nos foi pedido que decidíssemos, sem grupo, o horário de saída do próximo dia. A questão era se iríamos querer acordar de madrugada para ver o pôr-do-sol no salar. Era necessário chegar a um consenso, pois todos os carros precisam sair juntos. Uma ou outra pessoa que não faziam questão, mas não foram inconvenientes ao ponto de estragar o desejo da maioria, já que é uma experiência que não teriam em outra ocasião.

Refeitório
Refeitório

De banho tomado, barriga cheia e programação definida para o próximo dia, ficamos um tempinho conversando e tomando umas garrafas de vinho que surgiram da mala de sabe-se lá quem. Aproveitei para tirar umas fotos do ambiente, com suas paredes de pedra de sal. Antes que me perguntem: sim, eu dei uma lambidinha e era mesmo salgado. Fora a parte do banheiro, todo o hotel tem essa cobertura de sal no chão que se assemelha a areia. É bem bonito e me agradou, mesmo que fosse um pouco inconveniente se entrasse no tênis.

Aqui também não há tomadas nos quartos para carregar celular e câmeras fotográficas. Caso precise de energia, você tem que entregar o aparelho para uma das funcionárias e elas deixam carregando. Eu preferi usar, mais uma vez, a minha bateria portátil.

Depois de um tempinho a maioria das pessoas foram dormir, já que os passeios tinham sido bem cansativos e era preciso acordar muito cedo no dia seguinte. Tipo quatro horas da manhã. Entretanto, um grupo de pessoas resolveu beber mais e jogar baralho, saído sabe-se lá de onde, o que foi acompanhado de um barulho considerável de risadas e brincadeiras. Jovens. Ou não.

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