Para fazer a travessia pelo deserto boliviano a partir de San Pedro de Atacama é preciso, primeiro, sair do Chile e entrar na Bolívia. Um micro-ônibus passa nas hospedagens pegando todos os passageiros pela manhã – felizmente não é necessário acordar tão cedo quanto em alguns outros passeios. Depois que todos estão no carro e as malas estão acomodadas, é passada uma lista onde cada pessoa deve preencher seu nome, número de passaporte e nacionalidade. Esse é o controle de passageiros exigidos pelas autoridades.
A primeira parada é na imigração do Chile. Todos precisam descer do ônibus e são encaminhados até a fila que se forma, já que várias empresas iniciam o passeio no mesmo horário. Não se leva muito tempo ali. O importante é estar com a documentação em mãos. Os brasileiros podem utilizar uma carteira de identidade, já que o Chile faz parte do Mercosul, mas essa precisa estar em bom estado e ter uma foto recente. Eu sempre viajo com o meu passaporte, pois acho mais seguro e gosto de ter os carimbos de entrada de todos os países que visito. Também é preciso estar com o papel de entrada no país, a chamada Tarjeta Unica Migratoria. O ideal é que ela fique guardada junto ao passaporte para não ter risco de perder.
Voltamos para o ônibus e seguimos até a Bolívia para entrar oficialmente no país. Todas as malas e pertences precisam ser retirados do ônibus, já que vai ser feita a separação em grupos de até seis pessoas em veículos 4×4. Se você está viajando com mais pessoas, já pode definir quem vai junto com quem. Se está com menos gente, deve ir conversando com os outros para definir seu grupo – ele será o mesmo nos próximos dias de viagem e também vão dividir o quarto na primeira noite no deserto. Ou seja, basicamente vão passar o dia inteiro juntos e é importante que haja empatia entre todos, na medida do possível.
As malas de cada grupo devem ficar juntas, já que serão colocadas em cima de cada veículo. Tudo o que você quiser usar durante o dia deve ficar separado, já que essas malas que vão em cima do carro serão cobertas com uma lona para proteger da poeira e só estarão acessíveis novamente no fim do dia, quando chegar ao hotel. Então água, comida, câmera fotográfica, celular, protetor solar, roupas e outros itens que podem ser usados vão na bagagem de mão.
Ali é servido o café da manhã com pães, suco, café… bem simples. Assim como nos outros passeios feitos na região, eu recomendo que você esteja abastecido com lanches próprios para matar a fome nos intervalos dessas refeições, como barrinhas de cereal, biscoitos, chocolate e frutas. Além disso, nem preciso dizer da importância de levar pelo menos um litro de água por dia para cada pessoa. Não precisa exagerar, mas é bom levar esses extras porque não há comércio praticamente nenhum nos próximos dias.
Assim como na imigração do Chile, aqui também há outros grupos além do seu, então é importante não demorar muito para ir até a fila que se forma para apresentar o passaporte. Para os brasileiros não há muito segredo, mas estrangeiros podem ter que pagar uma taxa de entrada no país. Ninguém entendeu isso direito, na verdade. No meu grupo haviam três europeias e uma taiwanesa e ninguém teve que desembolsar nada – talvez dependa do humor do funcionário da imigração no momento, vai saber?
As imigrações do Chile e da Bolívia são bem simples – não há aquele procedimento de passar as malas por revista ou detectores de metal. É mesmo apenas uma conferência da documentação de saída de um país e entrada no outro, portanto, sem muito segredo.
Viajento 