Embora seja uma cidade pequena, Camocim possui uma grande área, englobando pequenas comunidades de pescadores dos arredores que somam, segundo a estimativa do IBGE em 2021, quase 65 mil habitantes. O turismo ainda está crescendo na região, com a maior parte das pessoas ficando na mais famosa e vizinha Jericoacoara.

Eu fiquei hospedado na Praia das Barreiras, ainda um tanto selvagem, com poucas barracas e o terreno marcado pelas falésias de terra avermelhada. Como o território é bastante plano, aproveitei para fazer uma longa caminhada pelo calçadão até o centro da cidade. É ali que fica o terminal marítimo de onde saem os barcos que levam os turistas até a Ilha do Amor que, se liga no plot twist, nem é uma ilha de verdade. Outro destino muito procurado é a Praia de Maceió, frequentada tanto pela população local quanto pelos visitantes, mas que fica mais distante.

Ocupando cerca de 10% do litoral do estado, a cidade possui vegetação de mangue, tabuleiros costeiros e coqueirais no litoral. Já no interior, predomina a caatinga com pequenos arbustos. Também há grandes áreas com dunas de areia branca fininha e lagoas de água doce, com destaque para a Praia de Tatajuba. Além disso, boa parte da faixa de praias ainda segue quase deserta e é mais utilizada pelo ecoturismo.

O clima é tropical semiúmido e a temperatura varia pouco durante todo o ano e, pode acreditar, é bastante quente. Assim como é normal no nosso país, não há estações do ano muito definidas, mas é possível fazer uma separação entre os meses mais secos e os mais chuvosos. Eu fiz a viagem em outubro e não peguei nem uma gotinha de chuva, o que é perfeito para praia.

Pensando nisso, os melhores meses para viajar ao local seriam os mais secos e com menos nuvens, entre julho e novembro. Em contrapartida, as lagoas ficam mais cheias justamente na época das chuvas. Sendo assim, Camocim pode ser visitada durante todo o ano e os meses de verão são considerados de alta temporada.