A palavra mucugê, de origem indígena, se refere a uma fruta que era encontrada comumente às margens dos rios da Chapada Diamantina. Ali mesmo surgiu uma fazenda com o mesmo nome que, posteriormente, atraiu muitas pessoas devido a jazidas de diamantes e se desenvolveu como cidade. No caso de Arraial d’Ajuda, trata-se da rua que concentra a maior parte dos restaurantes, lojas e outros atrativos comerciais para os turistas.
Uma placa logo no começo da via a anuncia como a mais charmosa do Brasil. Eu ainda preciso conhecer um bocado do nosso país, mas tenho certeza que qualquer afirmação desse tipo é apenas uma jogada de marketing. Particularmente, acho que as fachadas das lojas sem padrão e a circulação de carros, por exemplo, tira uma boa parte da beleza do local. Dito isso, realmente tem uns cantinhos bem interessantes, principalmente nas pracinhas ou nas vielas que partem do caminho principal.
Tanto na Rua do Mucugê quanto nas proximidades, também é possível encontrar diversas pousadas e casas de temporada dos mais variados gostos e preços. Essa é uma região boa de ficar hospedado porque você está próximo das praias centrais, que podem ser alcançadas com uma caminhada tranquila, mas também pode pegar as vans e outros meios de transporte para as localidades mais distantes. Outra opção é alugar um carro e explorar tudo por conta própria, com maior liberdade.
Embora hoje a maioria dos lugares atualmente aceite cartão, eu gosto sempre de andar com um pouco de dinheiro – muito útil para comprar lanchinhos mais baratos dos vendedores ambulantes do que os vendidos nas barracas de praia, por exemplo. Quem quiser fazer saques, pode passar no Banco 24 Horas que fica num ponto central da rua, dentro do Mercado das Artes. Nas vezes que eu parei para observar costumava ter fila, então é bom se programar para ir em horários mais alternativos.
Esse mercado concentra diferentes estabelecimentos em um espaço aberto que parece uma pequena praça, criando um ótimo clima para aproveitar os barzinhos com música ao vivo. O legal é que também dá para cada pessoa pedir comidas e bebidas em um lugar e, ainda assim, ficar todo mundo próximo. Ali pertinho fica o famoso Morocha Club, a mais famosa casa noturna da região. Outra opção é entrar em um dos muitos restaurantes espalhados na rua. Basta ir andando e conferindo as promoções escritas em painéis e conversando com os funcionários que ficam tentando chamar a atenção.
Uma dica boa é prestar também atenção às galerias, que podem passar desapercebidas por algumas pessoas. A mais famosa talvez seja o Beco das Cores, que possui alguns restaurantes e termina em um condomínio com casinhas charmosas de várias tonalidades diferentes, mas há outros. Outra via bastante famosa por lá é a Rua Broadway, que leva até o Santuário de Nossa Senhora d’Ajuda.
Em toda a extensão da Rua do Mucugê também é possível encontrar diversas lojas de calçados, vestuário, roupa de banho, artesanato, decoração e até mesmo franquias famosas e caras. A particularidade local é que muitas delas ficam fechadas na segunda ou terça, dia ideal para tirar uma folga em cidades turísticas. Além disso, como a maioria das pessoas vão para a praia e fazem passeios durante o dia, elas funcionam a partir do final da tarde.
No mapa interativo acima eu marquei os locais citados acima, além de alguns dos restaurantes que já comi e receberam um texto próprio. Também há ícones identificando tudo que já apareceu por aqui em outras postagens, como as praias e atrativos da região, o que ajuda bastante na hora de decidir onde se hospedar.
Viajento 