Quando eu finalmente cheguei a Yumani, depois de percorrer caminhar por algumas horas na trilha Willka Thaki, que vai do norte da Ilha do Sol até a comunidade no sul, passei por alguns restaurantes no alto do morro. No momento, a prioridade era chegar até a pousada Casa de la Luna para fazer check-in, deixar a mochila e tomar um banho relaxante. Depois de ter renovado as energias, subi novamente o morro para comer meu almojanta e apreciar o pôr-do-sol. Para a ilha, não fiz nenhum tipo de pesquisa de onde comer, então escolhi o Restaurant Pachamama pela aparência e localização.
Ambiente ★★★★☆
A localização é o melhor desse restaurante já que, no alto do morro e voltado para o oeste, proporciona uma bela vista do Lago Titicaca no pôr-do-sol. Confesso que não sei o endereço, mas posso dizer que ele fica na rua principal e na parte mais alta da comunidade. Eu cheguei razoavelmente cedo e estava bem vazio, então podia escolher livremente entre sentar no terraço ou na parte interna. Em ambos os casos, a vista é bem bonita – eu preferi ficar lá dentro porque já tinha caminhado horas no sol e não queria ficar mais exposto.

O ambiente do restaurante é agradável, com decoração simples de artesanatos locais em temas indígenas. Definitivamente não é um lugar sofisticado – o chão, por exemplo, é de um adesivo que imita azulejos e só consegue enganar mesmo na foto. E eles ficam passando uns DVDs com clipes de músicas bolivianas atuais na televisão que me fizeram rir bastante. Não aquelas tradicionais que até seriam um complemento para o ambiente, mas composições de gosto duvidoso e produções de baixo orçamento. Mas vá lá, estamos vivendo uma experiência boliviana.

Serviço ★★★☆☆
O atendimento foi adequado, sem grandes mimos e também sem nenhum problema. Quando chegamos, o restaurante ainda estava bem vazio e foi enchendo à medida que se aproximava o pôr-do-sol, provavelmente porque os outros turistas tiveram a mesma ideia ou coincidiu com o horário de volta dos passeios. Percebi que o pessoal que foi para comer preferiu sentar na parte interna, enquanto o terraço foi ocupado principalmente por aqueles que pediam bebidas e drinks.

Preço ★★★☆☆
A Bolívia é um país com moeda desvalorizada em relação ao real, então dá para economizar bastante nos passeios pelo país. A comida não é diferente, é possível comer bem pagando pouco. Como ali é um lugar turístico, acredito que o preço seja um pouco acima da média, mas ainda assim barato para os padrões brasileiros. Para o uso do wi-fi, é cobrada uma taxa extra.
Comida ★★★☆☆
O restaurante abre o dia todo, então servem café da manhã, almoço e janta. As refeições são a la carta e incluem pratos, pizzas e sanduíches. Eu pedi um filé à parmegiana acompanhado de legumes e arroz. Era uma comida bem caseira, saborosa, mas nada que vá me fazer voltar ao local ou ficar na memória.

Ainda pedi uma sobremesa, que era basicamente uma panqueca doce com lascas de maçã verde e manga e uma calda de chocolate. Bem sem graça. Seria algo que eu comeria com mais satisfação no café da manhã do que como sobremesa, mas mesmo assim sem achar especial.
Resumo ★★★☆☆
Pachamama é um restaurante com comida simples e gostosa, mas o grande destaque é a vista. Outros estabelecimentos da rua oferecem o mesmo atrativo mas, como eu só dormi uma noite na ilha, esse foi o único que experimentei.
