Apesar de seu grande potencial turístico, com belezas naturais e inestimável valor histórico, o Parque Nacional Serra da Capivara ainda não é destino tão conhecido entre os brasileiros. Mas o local tem atraído cada vez mais visitantes, inclusive estrangeiros, interessados em conhecer os sítios arqueológicos com os vestígios mais antigos da ocupação humana no continente. Ali encontram-se milhares de pinturas e gravuras pré-históricas feitas nos paredões que formam serras, cânions e vales.
Para visitar a Serra da Capivara, primeiro é preciso entender onde fica o parque, o que pode ser feito afastando a imagem no mapa interativo acima. Vai aqui um spoiler: estamos falando do interior do Piauí, uma área distante das praias e pontos mais visitados da região nordeste. As cidades mais usadas como base são Coronel José Dias, que fica mais próxima de alguns dos atrativos mais famosos, e São Raimundo Nonato, que é maior e possui melhor estrutura de hospedagens e restaurantes.
Para chegar à região, a opção mais cômoda é pegar um avião até o Aeroporto de São Raimundo Nonato, que já tem voos regulares, mas não todos os dias da semana. Teresina, a capital do Piauí, tem uma malha aérea mais completa, mas fica a cerca de 500 km de distância. O aeroporto que me serviu como porta de entrada foi o de Petrolina, no estado de Pernambuco. Com isso, aproveitei para passar alguns dias por lá.
Recomendo pesquisar os voos para determinar qual é a melhor opção no seu caso. Se pegar um desses mais distantes, é possível seguir a viagem de ônibus ou contratar um transfer. Eu preferi alugar um carro, que usei não apenas para fazer a viagem entre os dois destinos, mas também durante a estadia em Petrolina e nos passeios fora e dentro do Parque Nacional Serra da Capivara, tornando a exploração mais confortável.
São 130 hectares de área tombada como patrimônio nacional e mundial com mais de mil sítios arqueológicos, dentre os quais uns cento e cinquenta estão abertos ao público. A visita é feita sempre com o acompanhamento de um guia credenciado, que fica responsável por um grupo pequeno de turistas. Isso permite ter uma experiência mais personalizada e informativa, além de garantir a preservação dos paredões rochosos, com suas gravuras e pinturas, e do meio ambiente.
Como a reserva é muito extensa e os atrativos ficam espalhados, deslocamentos de algumas dezenas de quilômetros são feitos todos os dias e alugar um carro acaba sendo mesmo a melhor opção, principalmente se você quer ter mais liberdade. Eu fiquei hospedado no Real Hotel, que fica em um ponto central para quem quer conhecer os atrativos de ambos os lados do parque.
Quem ajudou na programação e acompanhou os passeios foi o Edu Coelho. O roteiro é definido de acordo com as necessidades dos visitantes, que podem focar na parte histórica, conhecer somente os pontos mais acessíveis, fazer trilhas longas e de alta dificuldade e por aí vai. Recomendo ler sobre os principais circuitos do parque para decidir quanto tempo passar na região da Serra da Capivara.
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