Nos dias que passei em Petrolina, percebi a importância de ter seu próprio meio de transporte para aproveitar melhor tanto os atrativos que ficam espalhados pela cidade quanto os passeios mais distantes. Sugiro alugar um carro para ter mais liberdade. Nesse dia, por exemplo, juntei dois atrativos em um mesmo passeio e só voltei ao anoitecer.
O primeiro destino foi o Balneário Pedrinhas, que fica a cerca de trinta quilômetros do centro da cidade. Trata-se de uma antiga aldeia de pescadores que passou a ser visitada por moradores da região, funcionando como uma praia de água doce. Ainda é um local pouco conhecido dos turistas, mas possui uma boa estrutura. O nome faz referência às pedras lisas e arredondadas que ficam na margem, o que pode incomodar as pessoas que estão mais acostumadas com a areia fina.
Conhecido popularmente como Velho Chico, o Rio São Francisco é de grande importância para a vida e a economia da região, mas também serve como fonte de lazer. Nesse trecho, é possível nadar em suas águas calmas para se refrescar do forte calor característico da região. Também vi pessoas fazendo passeios de jet ski ou simplesmente relaxando, reforçando o bronzeado e tomando bons drinks.
O trecho mais frequentado do balneário conta com uns quinze restaurantes, responsáveis por disponibilizar as mesas, cadeiras e guarda-sóis para quem quer ficar pertinho da água. A estrutura das barracas é boa, contando com ampla área coberta, banheiros e até mesmo redes para quando bater aquela lombeira. Eu fiquei no restaurante Peixada Gildenor e Maiza.
Ali são servidos pratos da culinária local, com destaque para os pescados. Como eu já tinha comido carne de sol nos restaurantes da cidade e não sou chegado em galinha caipira, dessa vez a escolha foi por uma muqueca de cari, que estava bem temperada e gostosa. Os acompanhamentos foram os tradicionais pirão, arroz e salada. Também pedimos uma porção de macaxeira frita com manteiga da terra.
Depois de curtir a tarde em Pedrinhas, a dica é pegar o caminho como se estivesse voltando para a cidade e parar no Serrote do Urubu. Pode ser um pouco confuso encontrar a entrada do local, já que não há nenhum tipo de estrutura para receber os turistas. Eu marquei o atrativo no mapa interativo acima para facilitar as coisas.
Basicamente, se estiver voltando do balneário, você vai andar pela estrada principal por pouco mais que treze quilômetros. Daí faz uma curva à esquerda para entrar em uma estrada de areia onde, até o momento que passei por lá, havia essa placa velha indicando a Vila Salu e uma caixa d’água. É preciso percorrer cerca de um quilômetro e meio por esse caminho até chegar bem perto do rio.
Ali tem uma área que dá para deixar o carro estacionado e começar o passeio pelo serrote. É uma subida tranquila, com pouca inclinação e caminhada curta, dependendo do quanto você deseja explorar a área. Eu quis chegar até o topo, com cerca de quatrocentos metros de altura, e gastei poucos minutos. Mas vi que em alguns pontos havia acúmulo de lixo e preferi ficar em uma área mais aberta e limpa.
Além da vista privilegiada do rio, não se tem muito o que fazer ali. No máximo vi algumas pessoas pescando e outras tirando fotos. Mais tarde, chegou um grupo para comemorar o aniversário de uma criança e fez bastante barulho, o que não combina com esse tipo de ambiente, onde se deveria ter a oportunidade de aproveitar a natureza em paz.
A dica é ir ao Serrote do Urubu perto do fim da tarde, quando o céu fica alaranjado e reflete nas águas. Também é o momento em que os mosquitos começam a incomodar, então recomendo levar um repelente. Depois de acompanhar o pôr-do-sol, peguei novamente a estrada para voltar ao centro de Petrolina, percorrendo uma média de dezoito quilômetros até o Hotel Nobile Suítes del Rio, onde fiquei hospedado.
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