Também chamado de árabe e sírio, o pão pita é bastante comum na região do Oriente Médio, sendo consumido como acompanhamento nas refeições e usado para fazer sanduíches. O nome pode ter origem em uma antiga palavra grega que significa “sólido”, mas também aparece como sufixo na linguagem moderna para designar alimentos recheados. Tradicionalmente, era preparado em um tannur, antepassado do forno hoje conhecido como tandur. A receita foi trazida para o nosso país no início do século XX por imigrantes sírio-libaneses.

A base desse pão, assim como na maioria dos casos, é a farinha de trigo. Não recomendo simplesmente substituir pela integral, já que alteraria as demais medidas. Sempre falo que é importante respeitar as quantidades indicadas para não precisar fazer ajustes durante o preparo e recomendo ter uma balança de cozinha. Nesse caso, eu usei:
• Farinha de trigo 250 g
• Fermento biológico seco 1 colher de chá
• Açúcar 1 colher de chá
• Azeite 1 colher de sopa
• Água ½ xícara
• Sal 1 pitada

Para esse tipo de massa, use o fermento biológico seco. Recomendo ter medidores de colheres, já que fica padronizado e não corre o risco de colocar a mais ou a menos, variando com os talheres que você tem em casa. Para a ativação do fermento, é importante colocar a mesma medida de açúcar, que também ajuda a dar uma caramelizada na hora de assar, e o azeite.

A quantidade de água vai depender da farinha usada, já que algumas absorvem mais a umidade que outras. Geralmente, eu coloco meia xícara, misturo bastante e vejo se tem necessidade de acrescentar. Se for o caso, vá colocando uma colher a mais de cada vez. Como eu costumo comprar sempre a mesma marca, já sei que essa medida dá certinho. Uma dica: para o pão crescer mais, coloque a água morna e não use nenhum ingrediente frio.

Hora de colocar, literalmente, a mão na massa para misturar bem todos os ingredientes. Ela ainda não precisa ficar lisinha, mas apenas com todos os elementos bem incorporados. Depois que chegar a um resultado satisfatório, eu coloco uma pitada de sal, que potencializa o sabor, e misturo mais um pouco. Uma colher de café, daquela menorzinha, é o suficiente.

A parte de sovar a massa pode ser feita a mão, mas eu confesso que prefiro evitar o esforço. Com uma batedeira do tipo planetária e um gancho que imita o movimento de amassar e dobrar, como o mostrado na foto cima, é possível alcançar o ponto ideal em pouco tempo. Geralmente, eu a deixo trabalhando em velocidade média por cerca de cinco minutos, até que se forme uma bola uniforme, que não prega nas bordas do recipiente.

Cubra uma tigela média com um pano de cozinha limpo e deixe descansar por trinta minutos, pelo menos. Uma boa dica, caso o clima esteja frio, é colocar a vasilha dentro do forno ou no microondas com a luz acessa – um aquecimento bem leve, mas que faz a diferença para que o fermento funcione melhor. Se tudo der certo, você terá o dobro do tamanho.

Com uma espátula, separe a massa em quatro pedaços iguais – cada um vai virar um pão. Se quiser servir mais pessoas ou até mesmo assar uma quantidade maior e armazenar, basta dobrar a receita. Após polvilhar a bancada com um punhado de farinha, abra uma das bolinhas com as mãos e, depois, use o rolo de macarrão para deixá-la fina. O objetivo é fazer um círculo ou, pelo menos, uma forma razoavelmente oval.

Se você quiser que ele fique perfeitamente redondo, dá para pegar a mesma vasilha usada para deixar a massa crescer ou um prato de sobremesa e usar como referência, retirando as aparas laterais com um cortador de massa cortador de massa. Eu gosto de fazer isso porque acho que o pão acaba crescendo melhor, além de ficar mais bonito.

Por fim, basta colocar em um tabuleiro e levar por cerca de cinco minutos no forno pré-aquecido a 180°C. Você pode jogar um pouco de farinha de arroz para não correr o risco de grudar, mas eu acho mais fácil usar uma manta de silicone. Também recomendo ficar de olho porque ele assa muito rápido, formando as características bolhas de ar no interior. Já o ponto vai depender de seu gosto pessoal. Eu prefiro comer o pão pita rasgando com a mão, então tiro assim que ele começa a ficar dourado. Outras pessoas o preferem bem crocante e quebradiço.

O pão pode ser servido como entrada junto de pastas e patês. Eu também costumo fazer essa receita para refeições árabes com homus, tabule, quibe, baba ghanoush e creme azedo. Mas vai bem também com sopas e outros pratos.
Balança de cozinha
Colheres medidoras
Xícaras medidoras
Batedeira KitchenAid Pro
Conjunto de tigelas em inox Tramontina
Espátula inox para massa
Rolo de massa
Cortador duplo de massa
Tabuleiro antiaderente
Tapete de silicone