Depois de ficar um bom tempo em Houston, chegou a hora de partir para Austin, onde eu passaria alguns dias para conhecer e depois pegaria o voo de volta para o Brasil. O trajeto entre as duas cidades poderia ser feito de avião, mas o preço elevado para uma viagem de tão curta duração não se justificava. Outra opção era alugar um carro, mas eu teria que pegar em uma cidade e devolver em outra, o que encarece bastante. Por isso, escolhi ir de ônibus com a empresa Greyhound.
A primeira dica importante é com relação à compra das passagens, que deve ser feita com antecedência. Como pode ser observado acima, os preços variam dependendo do dia e também da procura. Se você deixar para adquirir o bilhete no dia da viagem, corre o risco de pagar muito mais caro, além de ter menos opções de horários. A duração também muda, já que algumas linhas fazem o trajeto direto, enquanto outras têm paradas pelo caminho e trocas de veículo. A opção mais rápida dura pouco menos de três horas. Eu recomendo usar a página oficial ou o aplicativo no processo.
Também é importante estar atento às diferenças de tarifas: econômica, econômica extra e flexível. Uma das diferenças é com relação à possibilidade de remarcação para outro dia, que é cobrada nas duas primeiras opções. A mais cara é, obviamente, a mais completa, permitindo inclusive o cancelamento com devolução integral do valor pago. Eu confesso que preferi economizar e fazer a viagem econômica mesmo. Não há diferença na qualidade dos assentos nem nada do tipo.
Mesmo que você compre online, é necessário chegar com antecedência de pelo menos meia hora no terminal rodoviário, já que as malas precisam ser pesadas em um check-in parecido com o dos aeroportos. Fique atento aos limites de quantidade e peso, pois qualquer extra é cobrado à parte. Ao passar na bilheteria, eles vão imprimir uma etiqueta e pregar na sua bagagem. Não é possível entrar na área de embarque sem fazer isso. Itens menores podem ser levados consigo no compartimento superior.
As passagens que comprei nas minhas viagens eram sem assento marcado. Há a possibilidade de pagar um pouco mais caro pelo embarque prioritário, mas, caso você opte pela mais barata, é recomendado chegar cedo porque as pessoas começam a formar fila cerca de meia hora antes do horário marcado. Se você estiver viajando com mais pessoas ou quiser escolher um assento específico, é bom estar atento a esse detalhe.
Eu fiz viagens de Houston para San Antonio, Dallas e Austin pela Greyhound. Todos os terminais tinham pequenos restaurantes, lojas de conveniência ou máquinas de vendas de autoatendimento. Algumas estações maiores possuem praças de alimentação completas e com várias opções. Eu sempre gosto de comprar alguma bebida e comida para o caminho para não passar sede ou fome, mesmo que a viagem dure apenas algumas horas.
Não havia diferença de veículos como convencional, executivo e leito. A qualidade varia muito pouco e alguns eram claramente mais antigos, mas você acaba dependendo da sorte, já que não pode escolher no momento da compra. No fim das contas, os ônibus não são nada fantásticos, mas passam longe de ser uma tragédia. Eles são equipados com ar-condicionado, banheiros e poltronas razoavelmente confortáveis. Nada de reclinação total, lanchinhos a bordo, travesseiros e cobertores.
A minha viagem transcorreu como planejado e cheguei com apenas alguns minutos de atraso no terminal próprio da Greyhound, que não é uma rodoviária compartilhada por diversas empresas como estamos acostumados no Brasil. O bom é que ele fica localizado no centro, onde também está concentrada a maior parte dos atrativos turísticos. Caso você esteja apenas de passagem, é possível deixar as bagagens guardadas enquanto faz um passeio pela região. No meu caso, chamei um Uber ou Lyft e segui para o Stay Alfred at MUSE, apartamento onde eu fiquei hospedado.
Viajento 