Bethesda Terrace

Nova York – Central Park

Entre 1821 e 1855, a população da cidade de Nova York quadruplicou. A população de Manhattan, que inicialmente se concentrava no sul da ilha, passou a ocupar a parte norte. Em meio ao barulho e movimentação caótica da cidade, as pessoas buscavam tranquilidade nos poucos espaços abertos tranquilos, geralmente cemitérios. Daí surgiu a necessidade de um grande parque público como o Bois de Boulogne, em Paris, e o Hyde Park, em Londres. Em 1953, mais de 280 hectares foram reservados para a criação do Central Park, com um custo de 5 milhões de dólares apenas pelo terreno. Cinco anos depois, chegou ao fim a competição de design realizada para definir o projeto, vencida por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux. O objetivo era promover a vida social e a saúde dos habitantes e visitantes da região.

Em 1850, o local era ocupado principalmente por negros libertos e imigrantes irlandeses, que compraram as terras moradia, criação de porcos e cabras, construção de igrejas e cemitérios, estabelecendo uma comunidade por cerca de 50 anos. Antes de iniciar a construção do parque, todas os habitantes tiveram de ser realocados para outros lugares e as edificações destruídas. Além disso, foi comprada uma área extra com 250.000 metros quadrados ao norte do parque. O Central Park ficou oficialmente completo em 1873, após ter mais de 10 milhões de caçambas de material retirados do solo, principalmente terra e pedras, e mais de 4 milhões de árvores, arbustos e plantas foram transplantados para o parque.

Mas, no começo do século XX, o parque já se encontrava abandonado. A situação se arrastou por várias décadas: bancos quebrados, luzes queimadas, amontoados de lixo, vandalismo e práticas de atividades ilícitas tomaram o local. Apenas nos anos 1980 a situação começou a mudar. Com a criação do Central Park Conservancy, passou-se a contar com investimentos privados para iniciar o processo de restauração. Gradualmente, as pessoas voltaram a utilizar o espaço para a prática de esportes, atividades de lazer e turismo.

Central Park
Central Park

Agora o Central Park está às mil maravilhas. É um dos meus lugares preferidos em Nova York porque tem muitas coisas pra fazer – mesmo que seja não fazer nada, é gratuito e seguro. O parque tem várias áreas para prática de esporte, para relaxar, brincar, comer, conhecer pontos famosos, apreciar esculturas, participar de eventos diversos, etc. Para as próximas postagens vou dividir o parque em áreas, porque é realmente muito extenso. Dá para visitar em um dia só, mas como é muita caminhada, é um passeio cansativo. Você também pode escolher apenas alguns pontos que lhe forem mais interessantes para visitar. Mas, como eu gosto bastante do Central Park, recomendo dividir em pelo menos dois dias.

Passeio de carruagem
Passeio de carruagem

Para ficar menos cansativo, alguns turistas optam por fazer esse passeio de carruagens. Eu sei que é um passeio caro porque no Central Park você não precisa gastar com nada, mas quando resolve comprar alguma coisa, não é barato – mas é uma boa alternativa pra quem não quer andar muito. Essa foto eu tirei no começo do inverno e confesso que deu vontade de ficar emboladinho nessa coberta. Outra opção é fazer um tour de bicicleta, que pode ser feito em português. Mas eu, particularmente, gosto de ir no meu próprio ritmo, visitando os lugares que me dá vontade, então passeio guiado não é tanto a minha praia.

The Lake no verão
The Lake no verão
The Lake, no inverno
The Lake, no inverno

Também é importante estar atento à estação do ano que, em Nova York, apresenta uma variação muito maior do que o verão/inverno brasileiro. Na primavera e no verão, os nova iorquinos aproveitam a chegada do sol para sair mais, fazer piqueniques, praticar esportes, etc. O inverno deixa o humor um pouco mais caidinho, mas eu acho que o passeio continua valendo muito à pena. É outro clima – literalmente duh – e a paisagem merece muito ser conhecida. Eu reparei que algumas áreas ficam fechadas para evitar que a vegetação seja danificada nessa fase difícil para o gramado. Mas nada que altere muito o passeio, você só não vai poder cortar caminho de uma estrada para a outra passando no meio das árvores. Atividades como patinação no gelo são específicas do inverno, enquanto no verão há mais eventos artísticos ao ar livre.

Esquilo
Esquilo

O Central Park tem algumas regras quanto à presença de animais. Assim como a maioria dos parques, é proibido alimentar ou se aproximar dos animais selvagens. É permitido levar seu animal de estimação para um passeio, mas os cachorros só podem ficar sem coleira antes das nove da manhã e depois das nove da noite. Há setores em que os animais precisam usar coleira durante todo o dia. A presença desses animais é proibida nos campos de esportes, áreas de recreação, parquinhos, fontes, lagos e outros. Obviamente que também se pede para recolher seu próprio lixo, respeitar a natureza e não fazer barulho nos lugares destinados à leitura e eventos – detalhes que basta ter bom senso para seguir sem problemas nessa vida.

Center Drive
Center Drive

Como o parque é muito grande, eu recomendo levar um mapa, principalmente se você pretende se embrenhar pelos caminhos mais alternativos. Você pode carregar ele no seu celular antes de sair do hotel. Outra possibilidade é se manter nas ruas principais… mas vai deixar de ver tanta coisa que não acho que valha a pena. Também é preciso estar atento à abertura e fechamento do parque. Na página oficial você pode acessar os horários, o calendários de eventos e outras informações.

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