Cumuruxatiba é bem pequena e parada. Eu fui na segunda quinzena de dezembro ~calor~ ~verão~ e mesmo assim a cidade estava vazia. Por isso, vários restaurantes só abrem para a alta temporada – aparentemente as duas semanas que compreendem Natal e Reveillon. Além disso, alguns não abrem na segunda-feira. Em lugar turístico… vai entender.
O restaurante Cores e Sabores funciona o ano inteiro no quintal da casa dos donos. Segundo a dona, que também é quem prepara a comida, às vezes aparece um cliente, outras vezes mais, em boa parte dos dias nenhum, mas no final de dezembro e começo de janeiro fica lotado. Na hora que eu fui só tinha a nossa mesa ocupada, então foi tratamento VIP. Pedimos o Budião Festivo, que traz o peixe típico da região grelhado, brusquetas de abobrinha, arroz com passas e nozes e salada. É caro para uma comida simples e que só serve duas pessoas – esse realmente não dá pra dividir com mais gente – mas é gostoso. Nada extraordinário.
O Restaurante do Suíço funciona dentro da Pousada É, mas quando eu fui, no horário de almoço, os pratos estavam sendo servidos na barraca Três Coqueiros. Ficamos na praia até o pedido ficar pronto – demorou muito – e fomos comer na parte interna, fechada. A Moqueca Mista de peixe e camarão estava bem gostosa e serve três a quatro pessoas, apesar de não vir muito arroz e pirão. Como éramos só dois, socamos o máximo de comida que conseguimos e mesmo assim sobrou. Bem mais em conta que o Cores e Sabores, mais saboroso também.
O Restaurante Terraço não tinha sido recomendado por ninguém em específico, mas foi o que achamos aberto em uma segunda-feira a noite. Além disso, ele fica no centro, o que facilita o acesso pra quem está hospedado na vila e na beira da praia – imagino que deve ser bem gostoso pra passar o dia e pedir uma porção e depois almoçar e depois comer mais e ser feliz com a barriga cheia e o corpo atolado na areia igual uma baleia orca, gostei do ambiente. Optamos pelo Filé Mignon ao Molho Madeira que, originalmente, acompanha arroz piemontês e batata palha. No dia eu não estava passando bem do estômago e queria uma coisa mais ~leve~, então pedi para trocar por arroz branco e purê de batata, o que eles fizeram sem nenhum problema. O prato serve bem duas pessoas, não mais que isso, então não fica exatamente barato. Mas eu estava com tanta fome depois de passar o dia todo tomando gatorade e comendo biscoito de polvilho… saí de lá tão feliz… recomendo. 🙂
Ao contrário da maioria dos restaurantes, que fica na parte central ou na região das praias, o Catamarã está na entrada de Cumuruxatiba. Não exatamente na entrada, tem que embrenhar por umas ruas, devidamente sinalizadas com placas que te direcionam ao local, até chegar numa espécie de sítio no alto de uma falésia de onde se tem uma bela vista da praia. O ambiente é simples, descontraído, com umas galinhas correndo pra lá e pra cá, tramando fugas para não serem a próxima refeição. E pedimos exatamente o Filé de Frango, que acompanha arroz, feijão e salada. Parece comida caseira, gostosa, elegante. O famoso mesmo de lá é o Arroz de Polvo ou o Polvo à Napolitana, mas não é muito a minha praia (risos). Na verdade nunca experimentei polvo, não sei se vou gostar, preferi não arriscar.
O Mama África eu estava super afim de conhecer e, quando fui lá, estava fechado porque só abria na alta temporada. Mas consegui ir no último dia da viagem e valeu muito à pena. Ele fica mais afastado um pouco, tem que subir uns morros então vale a pena ir de carro. Achei o ambiente, a decoração, a música, tudo uma delícia. A comida também é ~supimpa~. Pedimos o Filé Mignon com Manteiga Café de Paris, que acompanha batata frita, arroz e salada. Os pratos são individuais, mas como pedimos entrada e depois sobremesa, deu pra dividir tranquilamente. No Mama África eles tem uma preocupação maior com a apresentação dos pratos, tem opções diferentes de comidas e temperos, é mais sofisticado. Apesar disso, não é muito caro. De todos os restaurantes de Cumuruxatiba, foi o que eu mais gostei e com certeza será a primeira opção quando voltar – se for alta temporada, é claro.
O Pastel Italiano é um restaurante na estrada para as praias, sem garçons ou muita frescura. As opções de comida são de pastéis, massas e sobremesas – bem mais baratos que os outros restaurantes da região. Você faz seu pedido, pega a senha e espera o prato ficar pronto. Daí você busca sua comida, atravessa a rua de terra e senta em uma das mesas do outro lado, cobertas por um telhadinho de amianto. Bem simples assim. Não experimentei da comida, paramos ali só pra conhecer e comer a torta de sorvete, que estava bem gostosa.
Tem outros restaurantes que eu não fui porque não deu tempo ou porque ainda não estavam abertos para a temporada puta falta de sacanagem. Mas um outro lugar que me recomendaram é perto da pracinha da cidade, chamado Uh! Tererê, onde a Ana Celly fica na janela vendendo uns doces bem gostosos. Também fiz uns lanchinhos a noite, tipo comer um pastel frito, um hamburguer podrão desses de trailer, comprar cocada e coisas assim. Como a vila é pequena, não tem tantas opções de alimentação. Além disso, supermercados, padarias e outros estabelecimentos fecham bem cedo. Mas vale a pena dar uma conferida nos restaurantes. Eita fome da porra.
Viajento 