Trilha do mirante e cachoeiras

Lavras Novas – Mirante do Telégrafo, Cachoeira Três Pingos e Cachoeira dos Namorados

Durante a minha última estadia em Lavras Novas, resolvi fazer um passeio que passa por um mirante e duas cachoeiras. Há a opção de fazer uma parte de carro, mas acaba tendo que dar uma volta maior e passar por estradas de terra em péssimas condições. Eu gosto de trilha, então achei tranquilo ir andando por vias alternativas, mas devo alertar que não há muitas indicações e placas.

Para facilitar, disponibilizo acima o mapa interativo com o trajeto que fiz, mas também cito alguns pontos de referência ao longo do texto. No total, foram cerca de quatro quilômetros de caminhada para ida e um pouco menos na volta. Como fiz paradas ao longo do caminho, não achei muito pesado.

Início da trilha
Início da trilha

Eu estava ficando na Vila Mineira Pousada, que fica no final da via principal que corta o pequeno povoado. É o ponto ideal de partida para quem vai conhecer esses destinos a pé. De fato, saindo da hospedagem, basta andar cerca de quatrocentos metros pela Rua Nossa Senhora dos Prazeres até encontrar o começo da trilha, à esquerda – eu identifiquei facilmente pois havia alguns carros parados por ali.

Mirante do Telégrafo
Mirante do Telégrafo

São mais cem metros para chegar até o mirante e o acesso é muito fácil, já que não é preciso subir muito – o vilarejo já fica no alto da montanha. Por isso mesmo, ali podem ir desde as crianças mais novas até pessoas na terceira idade, sem a necessidade de muito planejamento. A trilha é bem marcada e, após atravessar algumas pedras, se tem uma vista privilegiada das montanhas, incluindo o Pico do Itacolomi. Esse primeiro trecho está marcado no mapa pela linha amarela.

Trilha pela montanha
Trilha pela montanha

Quem quiser seguir o restante do roteiro, deve usar roupas e acessórios adequados: um bom tênis de caminhada já bastante usado, pois os novos tendem a dar calos e bolhas; chapéu ou boné para proteger do sol; protetor solar; toalha e outros. Não se esqueça de levar pelo menos um litro de água por pessoa e também alguns lanches rápidos. Dalí, eu segui ao longo da montanha.

Estrada Real
Estrada Real

Depois de andar por essa paisagem por cerca de um quilômetro, logo depois de passar por um pequeno córrego, acabei caindo na Estrada Real. O ponto está marcado no mapa como um estacionamento. As pessoas que vão de carro, passando pela Estrada da Trilha Branca, costumam parar nesse ponto porque a partir dali fica difícil seguir por conta de muitos buracos – tinha até um aviso dizendo para não seguir em frente. O trecho do vilarejo até lá está marcado no mapa pela linha verde.

Descida para a cachoeira
Descida para a cachoeira

Outros arriscam a ir uns seiscentos metros a mais, virando à esquerda na descida do morro e parando mais próximos à entrada da trilha que dá acesso à primeira cachoeira. A partir desse ponto, são pouco mais de cem metros de descida, obrigatoriamente caminhando. O trecho é estreito e possui pedras, raízes e desníveis, mas pode ser percorrido tranquilamente tomando cuidado para não escorregar ou tropeçar.

Cachoeira Três Pingos
Cachoeira Três Pingos

O destino é a Cachoeira Três Pingos, uma pequena queda d’água que forma um poço raso, mas onde é possível tomar banho para se refrescar. Não é nenhum destino impressionante, principalmente quando comparado a outros atrativos mais imponentes, mas é bastante agradável. Ao todo, a caminhada até lá foi de 2,3 km. Eu tomei coragem para encarar a água gelada, fiquei por um tempo e depois segui o passeio.

Represa do Custódio
Represa do Custódio

Voltando para a estrada, eu tinha duas opções. A primeira era caminhar pouco mais de 1,5 quilômetros até a Represa do Custódio, onde se formou um grande lago que é particularmente bonito no pôr-do-sol. Ali não tem nenhuma estrutura de apoio ao visitante, como lugares para comer ou banheiros. Algumas pessoas aproveitam para nadar, pescar e tirar algumas fotos, enquanto os mais animados montam acampamentos.

Veículo 4x4
Veículo 4×4

O local é um dos destinos dos passeios de quadriciclo, cavalo ou bicicleta que podem ser contratados no vilarejo ou feitos por conta própria. Não recomendo para quem estiver com um carro comum, pois as condições da estrada exigem ter um jipe 4×4 ou outro veículo alto. Esse caminho é representado pela linha vermelha.

Estrada pela mata
Estrada pela mata

Como eu já tinha ido até a represa em outra oportunidade, subi de volta o morro em direção à estrada principal e peguei um atalho pelo mato para cotar um pouco de caminho. Com uns 650 metros andando por uma estrada mais fechada pelo mato, caí novamente no caminho dos carros.

Entrada da trilha
Entrada da trilha

Dali, são mais 850 metros para chegar até a entrada da trilha da segunda cachoeira que visitei nesse dia. Pouco antes de uma cerca, você verá uma placa com o nome do destino que dificilmente vai passar despercebida. Mais uma vez, a trilha de descida é bastante tranquila e tem menos de cem metros.

Cachoeira dos Namorados
Cachoeira dos Namorados

O destino é a Cachoeira dos Namorados, que desconfio ter recebido esse nome por ser mais isolada e ter menos pessoas do que a visitada anteriormente. O fluxo de água é mais intenso e o poço formado é maior,  permitindo tomar um banho de imersão, porém não chega a ser muito profundo. Ao todo, essa cachoeira está a pouco mais de 3 km da minha pousada. Fiquei ali por um tempo, fiz um lanchinho e descansei antes de partir para o caminho de volta.

Estrada de terra
Estrada de terra

Como já conhecia o caminho e não parei para tirar outras fotos, andei em um ritmo mais rápido. Pelas fotos não dá para ter tanta noção das condições da estrada, mas pode acreditar quando eu digo que ela não estava adequada para a passagem de carros comuns. Além dos buracos, provavelmente aprofundados pelas chuvas de verão, havia trechos escorregadios por conta da lama. Recomendo consultar as condições antes de fazer o passeio, principalmente se pretender ir de carro.

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