Morro de São Paulo – Viagem de catamarã

Acredito que a maioria das pessoas que vão a morro de São Paulo escolhem chegar à cidade pela via marítima, que pode ser feita de lancha ou catamarã. Para quem não conhece, o catamarã é uma embarcação com dois cascos que possui mais velocidade e estabilidade. Além disso, eles não velejam se inclinando para os lados, o que dá mais segurança. Essas características são uma vantagem nesse trajeto que passa pelo alto mar, já que muitas pessoas sentem enjoos durante a viagem.

Outra opção é fazer o trajeto semi-terrestre, passando menos tempo na água. Se você gosta de se adiantar, fazer o planejamento da viagem e ir com tudo programado, eu recomendo fazer a reserva do transfer pela internet, tendo como vantagens eles te buscarem no aeroporto ou local de hospedagem e a possibilidade de já comprar ida e volta.

Dependendo da estação e do dia da semana, a procura pelo transfer entre Salvador e Morro de São Paulo pode ser bem grande. Por via das dúvidas, faça a reserva com antecedência para não correr o risco de ter dores de cabeça.  Eu não sou do tipo que gosta de se arriscar, principalmente se tenho horário e data certa para estar em um local (reserva de hotel ou algum passeio agendado). Como as saídas são limitadas, recomendo fazer a reserva com uma antecedência digna. Lembre-se de observar bem o horário de saída. Se você chegar em Salvador de avião e for no mesmo dia para Morro de São Paulo, dê uma folga considerável para fazer o trajeto entre o aeroporto e o local de embarque, pois o trânsito na cidade pode ser bastante complicado. E não é raro ocorrer atrasos nos vôos ou demora para retirar a mala, por exemplo.

Seja para reservas feitas pela página, por telefone ou sinal de fumaça, a empresa envia o voucher pelo e-mail. Ele deve ser impresso e apresentado no guichê no Terminal Turístico Náutico da Bahia, de preferência meia hora antes do embarque para pegar o adesivo com o código que te permite passar pela catraca.

O terminal de Salvador fica na cidade baixa, atrás do Mercado Modelo. Se você estiver hospedado no Pelourinho, você pode descer pelo Elevador Lacerda e é só atravessar a rua e passar ao lado ou por dentro do mercado que você chega no terminal.

Depois que você chegar ao terminal, pegar o adesivo e pagar pela catraca, basta se informar de onde exatamente sairá a sua embarcação e ficar atento ao movimento. Também pode ser um bom momento para tomar um desses remédios que evitam enjoo, se você for uma dessas pessoas que costumam passar mal em viagem. Outro critério é observar o tempo (com muito vento e/ou chuva o barco balança mais) e o horário da viagem (o mar fica mais agitado à tarde). Não é recomendado comer nesse momento. Ou pelo menos nada muito gorduroso e de digestão mais complexa.

No bilhete que eu comprei, havia uma recomendação de chegar com meia hora de antecedência no terminal. Eu digo para levar isso a sério, pois assim você entra com tempo de sobra na “sala” de embarque e fica na frente na fila, o que te permitirá escolher seu lugar na embarcação. Não é picuinha. O fato é que o catamarã balança menos na parte de trás, então é melhor para não ter enjoos. A parte interna, fechada, possui um ar-condicionado meia boca que dá uma refrescada. Além disso, você não fica no sol porque as janelas têm insufilm.

Você pode querer ir nas limitadas vagas do lado de fora da embarcação, curtindo a paisagem e o vento. Mas lembre-se: na parte externa, tanto na frente quando atrás da embarcação, você pode se molhar com os jatos de água do mar. Além disso, os assentos não são tão confortáveis quanto na parte interna e, como a viagem dura cerca de 2h30, a maioria das pessoas acaba caindo no sono depois da primeira meia hora de viagem.

Durante a viagem, são vendidas bebidas (água, refrigerante e cerveja). É bom tomar um pouco de cuidado com o consumo dentro da embarcação, pois muitas pessoas ficam enjoadas com o balanço do mar. Também não é recomendado ler durante o trajeto, pois isso também pode causar náuseas. É importante salientar que a embarcação possui banheiros na parte externa traseira.

No fim das contas, não há muito o que se fazer além de dormir ou ficar olhando a paisagem. Da última vez que eu fui para Morro de São Paulo, fiquei escutando música no celular e depois li um pouco (eu não estava me sentindo mal) viajando na parte de trás, do lado de fora. Aproveitei para tirar fotos, olhar a paisagem e dar uma leve cochilada. Já na volta para Salvador, dias depois, fiquei na parte de dentro, pois queria descansar. Como o trajeto de volta é mais tarde, saindo às onze da manhã, o mar estava mais agitado e senti um leve enjoo. Muita gente reclamou disso nesse dia e algumas pessoas chegaram a vomitar. Eeeww!