Paris tem vários monumentos icônicos, como a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame e o Museu do Louvre, só para citar alguns. Dentre esses mais famosos está o Arc de Triomphe de l’Étoile. Localizado no centro de uma rotatória de onde partem (ou onde chegam) 12 avenidas, inclusive a Champs-Élysées, a estrutura tem 50 metros de altura, 45 metros de largura e 22 metros de profundidade. O arco foi encomendado em 1806 após a vitória do Emperador Napoleão em Austerlitz. Levou-se 2 anos apenas para preparar a fundação da construção e, em 1810, quando Napoleão chegou a Paris com sua esposa, a Arquiduquesa Marie-Louise da Áustria, o que encontraram foi apenas a estrutura em madeira do arco. O arquiteto, Jean Chalgrin, faleceu no ano seguinte e foi substituído por Jean-Nicolas Huyot, mas os trabalhos foram interrompidos e só foram concluídos durante o reino de Louis-Philippe, entre 1833 e 1836. A partir de então, o Arco do Triunfo foi palco de eventos importantes: os restos mortais de Napoleão passaram sob a estrutura em seu caminho para a morada final no Invalides, em 1840; o corpo de Victor Hugo foi exposto ali antes de seguir para o Panthéon, em 1885; Charles Godefroy voou com um biplano sob o arco em 1919. Além disso, o local passou a fazer parte do trajeto de marchas militares após campanhas vitoriosas e das comemorações da Queda da Bastilha. Após o enterro do Soldado Desconhecido no local, as paradas limitares deixaram de passar sob o arco em sinal de respeito, um costume respeitado por Hitler, em 1940, e por Gaulle, em 1944.

Como está em uma rotatória muito movimentada, e sem sinais para pedestre, é preciso usar um acesso subterrâneo para chegar no arco em si. Tem umas placas na rua indicando a entrada – na dúvida, dá uma volta gira gira jequiti, enquanto aproveita para tirar fotos de todos os ângulos possíveis, um dia você encontra. Dali você pode passear pertinho e por baixo do arco mas, para subir, tem que comprar ingresso. As informações de horários e preços podem ser acessados na >página oficial. A gratuidade é para crianças e estudantes de até 17 anos. Assim como outras atrações da cidade, a entrada também é liberada no primeiro domingo de cada mês, nesse caso de novembro a maio, que foi quando eu fui – achei que estaria muito cheio, mas estava tranquilo.

A fachada do Arco do Triunfo está coberta de diversas esculturas. As principais, nas quatro bases da estrutura, são O Triunfo de 1810, de Jean-Pierre Cortot; Resistência e Paz, ambas de Antoine Étex; e Partida dos Voluntários de 1792, mais conhecida como La Marseillaise, de François Rude. Na parte superior, acima do friso com representação dos soldados, estão 30 escudos com o nome das maiores vitórias francesas na Revolução Francesa e nas Guerras Napoleônicas.

As paredes internas do monumento listam 660 nomes dos quais 558 são generais franceses – aqueles que foram mortos em batalha aparecem sublinhados. Nos lados menores dos quatro pilares estão os nomes das principais vitórias francesas nas Guerras Napoleônicas – com exceção daquelas travadas entre a partida de Napoleão de Elba até sua derrota em Waterloo. Embaixo do arco está a tumba do soldado desconhecido da Primeira Guerra Mundial, enterrado em 1920, onde está a mais antiga chama eterna da Europa. A inscrição diz Ici repose un soldad français mort pour la patrie 1914-1918 – aqui jaz um soldado francês que morreu por sua pátria 1914-1918.
O Paris Pass inclui a visita a essa e outras atrações da cidade com a grande vantagem de cortar as grandes filas de espera típicas de uma cidade que fica cheia de turistas durante todo o ano. Se vale a pena financeiramente comprar esse pacote ou não depende do que cada pessoa quer visitar. Outra opção é comprar o ingresso antecipado somente para essa atração.

Se você decidir entrar no Arco do Triunfo, o que eu recomendo que você faça, esteja preparado para subir uma escada em espiral com 284 degraus – há uma para subir e outra para descer, então não tem “trânsito”. Até tem um elevador, mas ele não te deixa no topo e um cartaz dizia que ele era destinado a pessoas com mobilidade reduzida – o que eu acho muito justo. O elevador vai até o andar onde está um museu que conta a história de sua construção. Dali são mais 46 degraus até o terraço.

Como Paris é bem plana, o terraço do Arco do Triunfo oferece uma ótima vista em 360° da cidade. É possível reconhecer alguns pontos turísticos famosos na paisagem. O mais óbvio deles é a Torre Eiffel – você conhece identificá-la na foto acima??? Pois é, você e todo mundo.

A Avenue des Champs-Élysées também é facilmente identificável pela presença de uma grande roda gigante lá na Place de la Concorde – um pouquinho mais pro fundão está no Museu do Louvre.

Já olhando para o lado oposto para a Avenue de la Grande Armée, dá pra ver o Grande Arche de la Défense, uma reinterpretação moderna e feia do Arco do Triunfo – bem sem graça mesmo, na minha modesta opinião. Além disso (ou fora isso), dá para ver muita coisa bacana nesse passeio e vale a pena mesmo pagando pelo ingresso. Abaixo está um vídeo um tanto tremido que fiz do final da subida e da vista.