Jalapão – Cânion Sussuapara

O Cânion Sussuapara fica pertinho de Ponte Alta do Tocantins, uma pequena cidade que serve como base para conhecer os atrativos das Serras Gerais. Algumas agências de turismo incluem o local como primeira parada em roteiros pelo Jalapão, mas também é possível contratar um pacote que se concentra especificamente nessa área.

Estacionamento na beira da estrada

Como tem acesso mais fácil do que outros pontos turísticos, também é bem tranquilo ir até lá por conta própria. O cânion fica a apenas cerca de 15 km da cidade, mas é preciso passar por estrada de terra. Por isso, recomenda-se alugar um carro maior e com tração 4×4. Saindo de Palmas, são cerca de 150 km de viagem. Algumas pessoas param à beira da rodovia, mas há um estacionamento bem próximo.

Trilha curta e tranquila

Após parar o carro, ainda é preciso percorrer uma pequena trilha de dificuldade leve. Embora o percurso seja tranquilo, recomendo sempre levar água e algum lanche leve. Assim como qualquer outro dia, é importante usar roupas leves e protetor solar, pois o calor nessa região é inclemente e a vegetação do cerrado não proporciona muita sombra. Não faz mal ter sempre um repelente à mão.

Sala de espera

O cânion fica em uma área protegida e o turismo é controlado para diminuir o impacto da presença humana. É cobrada uma taxa de visitação, cujo valor atual pode ser confirmado na página oficial. Como existe um limite de 30 visitantes simultaneamente, talvez seja necessário ficar um pouco na área de espera. Durante alta temporada, o tempo de permanência pode ser limitado a 30 minutos. 

Escada de acesso

A descida é feita por uma pequena escada de madeira, não havendo opção mais acessível. Em termos de condicionamento físico, não é preciso ter nenhum preparo ou experiência com trilhas. O Cânion Sussuapara, que significa veado galheiro em tupi-guarani, recebeu esse nome em homenagem a um mamífero de grande porte, a maior espécie de cervídeo da América sul-americana. Eles possuem características físicas que permitem sua sobrevivência em lugares alagados.

Caminhada na água

E ali é bem alagado mesmo. A caminhada na área inferior do cânion é feita com uma água rasa que chega na canela. Quem quiser usar um calçado fechado e impermeável deve estar atento à altura, sendo o ideal optar por uma galocha. Eu estava com um chinelo que podia ser molhado, mas também tinha sapatilhas aquáticas na mala. O que não dá é para ir descalço, pois as pedras podem machucar os pés. 

Paredão do cânion

Os paredões de rocha sedimentar do cânion variam de 12 a 15 metros de altura. O processo de erosão se deu pela passagem de um curso d’água, criando um desfiladeiro estreito e com o fundo relativamente plano. A pequena cascata, geralmente chamada de Cachoeira dos Desejos, forma piscinas naturais propícias para o banho. Dizem que ali havia um poço profundo, que foi parcialmente assoreado de forma natural.

Jardim vertical

O ambiente ali é fresco e úmido. Os paredões bloqueiam boa parte da luz solar direta, sendo melhor visitar o cânion no início da manhã ou no fim da tarde para ter boa iluminação para fotos e evitar multidões. Eu fiz a viagem no começo do mês de junho, ainda no início da estação seca, e as paredes estavam escorrendo água constantemente. 

Raízes aéreas

Devido a essa alta umidade, as rochas ficam cobertas com musgos, samambaias e vegetação típica. As longas raízes que descem pela encosta criam um cenário único e eu recomendo dar uma volta enquanto os viajantes fazem fila para tirar fotos nos pontos mais clássicos, geralmente indicados pelos guias turísticos.

Banheiro no estacionamento

Concluído o nosso tempo de visitação, voltamos pela mesma trilha até o estacionamento, onde foi possível usar o banheiro antes de seguir viagem. É preciso planejar bem essas paradas porque as estruturas se limitam a pontos turísticos, restaurantes e hospedagens.

Para os passeios pelas Serras Gerais, usamos a cidade de Ponte Alta do Tocantins como base. Ali há variadas opções de hospedagem, incluindo algumas com ótima estrutura, piscina aquecida, restaurante e bar. O turismo continua crescendo na região, que já conta com diversos tipos de hotéis, casas, apartamentos e albergues.

No mapa interativo abaixo é possível ver a localização desse e de outros atrativos perto da cidade e já dentro do Jalapão. Para ver detalhes, basta aproximar com o zoom.

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