Praia de água doce com extensa faixa de areia, árvore à esquerda e céu azul ao fundo.

Palmas – Praia da Graciosa

A minha passagem por Palmas foi relativamente rápida, usando a cidade mais como um ponto de partida para os passeios pelo Jalapão do que como um destino turístico por si mesma. Na ida, fiquei hospedado no Hotel Araguaia e, na volta, no ibis Palmas Avenida JK. Ambos ficavam mais no centro da capital, mas há outras opções de hospedagens na cidade próximas dessa e de outras praias.

Pista de caminhada do parque com prédios altos ao fundo.
Pista de caminhada

A Praia da Graciosa pode ser considerada a porta de entrada para quem visita a região, independente de quanto tempo vão dedicar à cidade. O espaço também é bastante usado pela população local, pois conta com uma ótima estrutura de bares, restaurantes, quadras de esportes, parque infantil, banho de rio e passeios de barco. Eu vi muitas pessoas circulando pela pista de corrida e ciclovia, seja para praticar esporte ou apenas dar uma volta.

Vista do lago com grama em primeiro plano e céu azul ao fundo.
Lago de Palmas

Essa é uma das diversas praias de água doce ao longo do Lago de Palmas, formado pelo represamento das águas do Rio Tocantins após a construção da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães, em meados dos anos 2000, próxima ao município de Lajeado. O corpo d’água possui 8 km de largura e 172 km de extensão, sendo que 54 km margeiam a capital.

Extensa faixa de areia em praia de água doce com árvores à esquerda e prédios à direita no fundo.
Faixa da areia extensa

Como está em uma região mais central e de fácil acesso, essa acaba sendo a praia mais movimentada da cidade. Durante o dia, é possível ver muitas pessoas brincando na areia, que é extensa o suficiente para jogos de vôlei, peteca, futebol e afins. Outras ficam sentadas nos bancos, no gramado ou até mesmo levam suas próprias cadeiras, guarda-sóis, bebidas e lanches.

Grade de proteção dividindo a água em lago com prédios altos da cidade ao fundo no canto esquerdo.
Grade de proteção

Eu não cheguei a entrar na água, mas vi que a parte de banho é protegida por uma grade que impede a entrada de peixes maiores. Isso dá segurança para quem estiver com medo de ser surpreendido com uma mordida das temerosas piranhas, embora eu tenha lido que isso nem acontece na prática. Além disso, vi os locais se divertindo fora dessa área reservada, incluindo muitas crianças, o que me faz imaginar que não há mesmo tanto perigo.

Pessoas nadando em lago com céu azul ao fundo.
Nadando no lago

Além de se refrescar do calor intenso típico da região, as águas também são ideais para a prática de atividades aquáticas como o stand-up paddle, canoagem e caiaque, que se beneficiam pela ausência de ondas. Também vi alguns jet skis e barcos passando a uma certa distância.

Embarcações ancoradas no porto com a água refletindo o céu.
Porto dos Flutuantes

Na beira do lago fica o Porto dos Flutuantes, de onde saem passeios diversos, incluindo o transporte para a Ilha da Canela, que fica a cerca de 3 km de distância. Eu não cheguei a ir lá, mas, pelo que li, tem uma boa estrutura de quiosques e amenidades. Para quem vai durante a semana, o movimento é mais baixo.

Barcos flutuantes navegando no lago com luz do fim do dia.
Passeio de flutuantes

Alguns desses flutuantes incluem música ao vivo ou um DJ, além de servirem bebida alcoólica, sendo ideais para quem busca diversão. Mas também há opções para aqueles que querem fazer um passeio mais tranquilo, como costuma ser o meu caso. Uma das opções mais refinadas é fazer um cruzeiro pelo lago com almoço.

Mão segurando um drink de gin com mexerica e parque desfocado ao fundo.
Drink à beira na orla da praia

Eu estava viajando sozinho e acabei fazendo amizade com outras pessoas que estavam fazendo o tour pelo Jalapão. Como cada um tinha um tempo diferente na cidade, decidimos dispensar o passeio de barco e ficar em um dos bares e restaurantes na orla da praia. Nada melhor que tomar um bom drink no fim da tarde.

Pôr-do-sol em tons laranjas com reflexo na água do lago.
Pôr-do-sol

Palmas, assim como o estado do Tocantins de uma forma geral, é bem quente durante todo o ano. Como tem bastante sombra e uma boa ventilação, essa parte da cidade estava bem mais agradável. Além disso, não dá para negar a beleza da paisagem, principalmente com o pôr-do-sol sobre as águas calmas. O sol aparece em tamanho grande, uma característica da região devido à proximidade da cidade com a linha do Equador.

Fim de pôr-do-sol sobre as águas do lago com o céu bem avermelhado.
Cai a noite

O me chamou mais a atenção foram os intensos tons alaranjados, que aparecem principalmente na época da estiagem, que vai de maio até meados de dezembro. Isso porque as cores ficam mais intensas pela interação dos raios solares com as partículas de poeira. Uma dica importante: fique no local algum tempo depois do sol se esconder no horizonte, pois o espetáculo continua por algum tempo.

Diversas pessoas sentadas num bar a noite com iluminação intimista.
Dona Maria Beach

Entre os bares e restaurantes, escolhemos o Dona Maria Beach, que é um dos mais procurados tanto por turistas quanto pelos moradores locais. O cardápio diversificado mistura culinária local, mediterrânea e contemporânea, mas eu acabei ficando somente na bebida e petiscos. Também me agradou bastante a música ao vivo no ambiente externo.

No mapa interativo acima é possível ver esse e outros atrativos. Para quem vai ficar pouco tempo na cidade e quer conhecer melhor a região, recomendo fazer o tour pelas praias da Graciosa, do Prata e do Caju, visto que o acesso às praias mais distantes por conta própria é difícil se você não estiver com um veículo próprio.

Reservar passeios na cidade

A outra alternativa é alugar um carro, o que garante mais liberdade e a possibilidade e ir até outros lugares. Eu não fiz isso porque estava viajando sozinho, mas acabei não visitando os pontos turísticos mais distantes porque os motoristas de aplicativo recusavam as corridas e o preço combinado com os taxistas era muito alto. Quem sabe em outra oportunidade.

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