El Chaltén é uma pequena comunidade considerada o principal destino de trilhas da Argentina. Ela se encontra cercada por montanhas da Cordilheira dos Andes e possui como atrativos mirantes com vistas belíssimas, montes nevados, grandes lagos, glaciares, bosques andinos, rios e cachoeiras. Isso permite a prática não apenas do trekking, mas também de atividades como escalada e outros esportes.
Alguns desses pontos podem ser visitados com mais facilidade, incluindo o Sendero a los Miradores e o Chorrillo del Salto, que dá para chegar bem perto de carro. Outros exigem caminhadas com diferentes níveis de dificuldade, como a Laguna Capri (4 km), a Laguna de Los Tres e Monte Fitz Roy (10 km) e a Laguna Torre (9 km). Esses e outros atrativos podem visitados por conta própria ou de forma guiada. Eu recomendo fazer a reserva antecipada dos passeios, principalmente durante a alta temporada – de outubro a março.
Para chegar à região, a melhor opção é pegar um avião até o Aeropuerto Internacional Comandante Armando Tola, que fica próximo a El Calafate, também repleta de atrativos naturais que valem a pena ser visitados. Eu fui até lá partindo de Ushuaia, já que aproveitei essas férias para conhecer mais de um destino na Patagônia. Mas também é possível pegar um voo partindo de Buenos Aires.
De lá para El Chaltén é preciso percorrer uma estrada tranquila por cerca de 215 km. Quem prezar pela facilidade e conforto tem algumas opções de transfer para fazer esse trajeto. Obviamente, não é a alternativa mais barata, mas os valores são diluídos à medida que aumenta o número de viajantes.
Eu também cheguei a pensar em alugar um carro, o que pode ser feito em uma das agências de El Calafate ou diretamente no aeroporto. A grande vantagem é ter total liberdade, incluindo sair no sem horário pré-definido, fazer paradas em pontos interessantes ao longo da estrada e estacionar perto do início das trilhas. Como eu ia fazer essa parte da viagem sozinho, achei que ficaria muito caro e descartei essa possibilidade.
Por fim, cheguei à conclusão de que, no meu caso, o melhor era mesmo pegar um ônibus, com partidas da rodoviária ou do aeroporto. Eu quis me adiantar, mas nem tinha necessidade de comprar a passagem com antecedência porque cheguei lá em abril, já no começo do outono e fora da alta temporada. De fato, o veículo nem ficou lotado.
A chegada se dá na rodoviária do vilarejo, que possui uma estrutura adequada. Ali há guichês de diversas empresas que ligam El Chaltén a várias outras cidades. Eu fiz minha viagem pela Marga Taqsa comprando as passagens online e não tive problemas. O terminal ainda conta com internet wifi e um balcão de informações turísticas.
Para quem chega no passeio El Chaltén, Mirante de los Cóndores e Chorrillo del Salto ou de carro e quer pegar folhetos com informações e mapas das trilhas, também tem a opção de passar no Centro de Visitantes, que fica bem na entrada da cidade. Ali também ficam funcionários para tirar dúvidas e é possível ver uma exposição simples sobre as montanhas, os glaciares e esportes, com foco nas escaladas.
El Chaltén é realmente muito pequena, sendo possível percorrer a comunidade de um lado ao outro com uma caminhada rápida. Ainda assim, eu recomendo dar uma estudada no mapa, principalmente para entender como estão distribuídos os principais atrativos. No mapa interativo abaixo, marquei todos os pontos que visitei ou citei nas minhas postagens.
Isso também ajuda a definir a forma de deslocamento enquanto estiver por lá, que pode ser a pé, de bicicleta, taxi ou carro alugado. Também dá para pensar em quantos dias serão necessários para visitar todos os atrativos que estão nos planos, levando em conta que algum dia pode ser perdido devido a variações no clima, que pode incluir ventos fortes, chuvas e nevascas.
Embora pequena, a vila possui mais de cem opções de hospedagem entre casas, apartamentos, hotéis, albergues, chalés e acampamentos. Para ter mais conforto e liberdade, eu decidi reservar um estúdio do Nikeu Aparts, que é bem localizado e totalmente equipado.
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