Pesca de piranha

Floresta Amazônica – Pescaria de piranha

Eu confesso que pescaria não é uma atividade que me interessa particularmente, já que exige técnica, concentração, paciência e um bom tempo para conseguir capturar um ou outro peixe. Mas, como o passeio já estava incluso na minha estadia do Dolphin Lodge, não tinha por que me recusar a sair. E acabei achando que valeu muito a pena, além de ser algo culturalmente relevante na Floresta Amazônica.

Quarto com ar-condicionado
Dolphin Lodge

Para começo de conversa, foi uma boa oportunidade para conhecer o entorno da hospedagem, passando pelo rio e igapós, como são chamadas as áreas de mata alagada que podem ser percorridas com uma embarcação pequena. Depois de navegar por o que para mim parecia um labirinto de árvores, paramos em uma parte mais aberta para fazer a pescaria de piranha.

Passeio de canoa
Passeio de canoa

Como se pode imaginar, todo o passeio é feito sob a orientação de guias locais que trabalham na acomodação – um fica responsável por comandar a canoa motorizada e o outro vai indicando pontos de interesse e dando explicações. Eles conhecem muito bem a região e sabem perfeitamente onde ir, além de terem os olhos treinados para enxergar animais que parecem perfeitamente camuflados para os turistas.

Pesca de piranha
Pesca de piranha

A pescaria em si foi bem mais interessante do que eu havia imaginado. O equipamento era uma simples vara de bambu com um fio de nylon curto e um anzol pequeno na ponta, onde a gente ia colocando uns pedacinhos de carne de frango. Não era preciso esperar muito para as piranhas aparecerem. Na verdade, a isca ficava poucos segundos na água e já eram devoradas.

Pesca esportiva
Pesca esportiva

As bichinhas são espertas, conseguindo comer tudo sem ficarem presas no anzol. Assim que se sente um movimento, é preciso puxar a vara. Eventualmente, uma piranha vem junto. É o tempo de tirar uma foto e libertar o peixe de novo no rio, já que se trata de uma pesca esportiva. Sinceramente, eu tive sentimento conflituosos com a atividade. Minha impressão é que o anzol machuca o peixe, além de causar um estresse, ainda que momentâneo.

Pôr-do-sol no rio
Pôr-do-sol no rio

Felizmente, é uma pescaria rápida, apenas para se ter uma ideia da atividade. Nem dá tempo de ficar entediado. Como saímos à tarde, ainda ficamos parados em um ponto estratégico para acompanhar o pôr-do-sol no caminho de volta. Foi um momento de desligar o motor da embarcação e ficar em silêncio escutando os sons da natureza enquanto o sol ia descendo devagar. Os tons alaranjados, com o reflexo sobre as águas, criou um cenário belíssimo.

Focagem de jacaré
Focagem de jacaré

Mais tarde, ainda saímos para a focagem de jacaré. Os experientes guias apontam lanternas para as margens do rio e identificam os bichos pelo reflexo da luz em seus olhos. Após a captura, apontam algumas de suas características físicas, quem quiser pode tirar fotos e ele é logo devolvido às águas. Achei interessante para conhecer mais sobre o animal e a floresta. Mas dessa vez, eu nem quis pegar para que ele fosse libertado logo.

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