A Lagoa do Japonês não fica no Jalapão propriamente dito, mas é bastante procurada pelos turistas e costuma ser incluída nos passeios guiados mais completos. Originalmente, o atrativo era chamado de Lagoa Encantada. Como o percurso passava pela casa de um senhor de origem oriental, a referência de que o destino ficava “depois da casa do japonês” acabou mudando o nome. Depois, o local ficou mais famoso por servir de cenário para programas televisivos, incluindo novela e série.
Entre as opções para ir até lá está o Tour pelas Serras Gerais, com duração de dois a quatro dias de visitas a atrativos como cânions, cachoeiras e praias de rio. Outros passeios também incluem uma passagem por pontos turísticos dessa serra, que serve como porta de entrada para a região do Jalapão, como o Tour pelo Parque Estadual do Jalapão, que pode ter duração de três a seis dias.

A Lagoa do Japonês está na área do município de Pindorama do Tocantins, dentro de uma propriedade privada, a Fazenda Sucuriú, que fica na bacia do córrego de mesmo nome. Para chegar até lá, é preciso percorrer longos trechos de estrada de terra, mas é possível fazer tudo por conta própria com veículo próprio ou carro alugado. Mas a região tem mudado bastante, incluindo o asfaltamento das vias. Em todos os casos, é comum usar Ponte Alta do Tocantins como ponto de apoio nessa área. Embora pequena, a cidade possui opções de hospedagem com ótima estrutura.

O acesso ao local é pago e os valores atuais podem ser consultados na página oficial. Ali também estão listados os preços de diversos outros serviços como o aluguel de sapatilhas, macarrão, colete salva-vidas e uso de internet. Embora o ingresso dê direito a passar o dia inteiro por lá, o horário fica bastante limitado quando se faz o tour guiado. Isso pode ser um problema se coincidir com a chegada de diversos grupos ao mesmo tempo. Por isso, não crie expectativas de tirar fotos perfeitas sem outras pessoas ao fundo.

Algumas das pedras na lagoa se assemelham a corais. Essas rochas sedimentares carbonáticas são bem cortantes. Por isso, é recomendado o uso de sapatilhas aquáticas, um calçado híbrido que pode ser usado tanto para caminhada quanto para entrar na água. Há opção de aluguel no local, mas para quem faz esse tipo de passeio com alguma frequência vale mais a pena comprar e levar. Além disso, os guias alertam que o produto pode não estar disponível devido à grande taxa de visitação.

Outra coisa que eu preferi levar foi uma máscara de snorkel, que permite ver bem embaixo d’água e manter a respiração. Isso fez muita diferença nesse passeio para observar os tons intensos da lagoa, as rochas e a vegetação. Além disso, dá para enxergar bem melhor quando for fazer fotos de mergulho.

Falando em fotografia, quem quiser ter uma experiência diferenciada, pode contratar os passeios de barco, que pode ser o convencional ou o transparente. Eles costumam ser contratados por quem quer tirar fotos diferenciadas, mas também serve para aqueles que não querem se molhar ou não sabem nadar. Também é possível fazer uma tirolesa.

A parte mais bonita do atrativo é na gruta da nascente da lagoa. É a presença de calcário que proporciona a transparência e o tom azulado da água. A profundidade por ali chega aos quatro metros. Mesmo para quem sabe nadar, é cansativo se manter na superfície por um período mais longo de tempo. Eu mesmo acabei buscando algum apoio, mas também há a opção de levar um colete salva-vidas. Dá para alugar isso ou um desses macarrões/espaguetes de piscina, mas o passeio vai ficando mais caro à medida que você adiciona os serviços opcionais.

O espaço ainda conta com um restaurante com menu à la carte. Para o almoço, é importante fazer uma reserva prévia. Eu estava em um passeio guiado com refeição inclusa, que era um prato feito de peixe, frango ou boi, além de opção vegana. Eu achei o tempero gostoso, mas a carne deixou a desejar. Já as bebidas, sorvetes e açaí eram vendidos à parte.

O atrativo possui uma boa estrutura, que atende bem quem pretende passar o dia ou até mesmo dormir por lá, ambas são ótimas alternativas para quem quer curtir o local com mais calma e evitar os horários com muitos turistas. A área de camping fica em um local aberto, com energia elétrica e tomadas, mesas com cadeiras e banheiros com chuveiro.
Como eu tinha hora marcada pela agência de turismo, passei um tempo razoável dentro da lagoa e pegamos novamente a estrada. No mapa interativo acima é possível ver a localização desse e de outros atrativos da região, além das cidades usadas como base para os passeios. Recomendo explorar o recurso para entender melhor o roteiro da viagem. Para ver mais detalhes, basta aproximar com o zoom em qualquer ponto.
Para os passeios por essa região, usamos a cidade de Ponte Alta do Tocantins como base. Ali há variadas opções de hospedagem, incluindo algumas com ótima estrutura, piscina aquecida, restaurante e bar. O turismo continua crescendo na região, que já conta com hotéis, casas, apartamentos e albergues.

