Não importa se você vai dormir alguns dias nas hospedagens na cidade ou só ficar algumas horas antes da ida ou após o retorno dos passeios pelo Jalapão, é provável que você consiga visitar alguns atrativos da capital tocantinense, principalmente na região central. É verdade que Palmas não é um grande destino turístico por si mesma, mas alguns pontos são interessantes.
Se a ideia é ganhar tempo e ter mais comodidade, uma boa alternativa é reservar passeios, o que também te livra de ter que organizar tudo por conta própria. Um dos mais procurados é o tour pelas praias de água doce às margens do Lago de Palmas. A primeira delas fica na região central e pode ser visitada mais facilmente, mas as outras duas eu tive dificuldade mesmo chamando motorista por aplicativo (recusam a corrida) ou taxistas (cobram um valor absurdo), principalmente para a Praia do Caju.

A Praia da Graciosa é a mais visitada, tanto por turistas quanto por moradores locais. Isso porque fica mais próxima ao centro da cidade e possui uma ótima estrutura de bares e restaurantes. São 520 metros de orla com uma extensa faixa de areia, ideal para relaxar e apreciar a paisagem, mas muitas pessoas vão também para fazer exercícios e praticar esportes. Para os turistas, costuma interessar mais pedir uns drinks, experimentar a culinária regional e acompanhar o pôr-do-sol. Com mais tempo, vale a pena fazer a excursão à Ilha da Canela ou o cruzeiro pelo lago com almoço, que saem do Porto dos Flutuantes.

Embora seja um pouco mais distante do centro, a Praia do Prata também é muito frequentada pelos moradores da região. A estrutura ali é ótima, com uma área ampla usada por diversas barracas, quiosques, banheiros, campo de futebol de areia e estacionamento gratuito. O diferencial é estar fora da área urbana, sem a vista dos prédios. Também achei o banho mais convidativo, com as águas calmas e rasas, sendo ideal para famílias com crianças.

Para quem gosta mais da parte urbana, a Praça dos Girassóis é o principal atrativo turístico. Esse é o centro do plano diretor da cidade, que foi planejada com as principais avenidas partindo desse ponto. Ali foi lançada a pedra fundamental da construção de Palmas e foi celebrada a primeira missa, em 1989. Considerada a maior praça da América Latina e a segunda maior praça urbana do mundo, abriga a sede dos três poderes do estado, incluindo o imponente Palácio Araguaia, edifício do executivo. Também tem diversos monumentos, igreja, memorial e quiosques de alimentação.

A praça é o foco do tour por Palmas, que também passa por algumas áreas verdes como o Parque dos Povos Indígenas e o Parque Cesamar. Esse último é uma das principais áreas verdes da cidade, preservando a vegetação típica do cerrado. Eu dei uma volta no extenso lago e vi diversas pessoas fazendo caminhada e corrida. A pista tem quase 3 km de extensão e há trilhas adicionais em meio à mata nativa, uma ótima oportunidade para ter contato direto com a natureza.

Dentro do parque também fica a Casa Suçuapara, construída em 1987 como sede de uma fazenda, o que antecede a construção da capital tocantinense. Após a desapropriação das terras, foi a única estrutura que permaneceu erguida e passou a abrigar a sede administrativa por um tempo limitado. Atualmente, funciona como museu com acervo histórico da região. Esse e outros atrativos são visitados no tour cultural, que também inclui o Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, o Museu Histórico do Tocantins e o Centro de Eventos Arnaud Rodrigues.

Para quem gosta de uma experiência bem autêntica, vale a pena visitar a Feira da 304 Sul, a mais antiga e tradicional feira coberta de Palmas. Esse é o ponto de encontro para quem busca produtos frescos, gastronomia regional, apresentações culturais e artesanato, com destaque para as peças produzidas com o capim-dourado e buriti. Ela abre em dias específicos, então recomendo dar uma pesquisada nas informações atualizadas no momento da viagem.
Por fim, é possível fazer um bate e volta para atrativos que ficam próximos à cidade. Um exemplo é a excursão a Taquaruçu, com trilhas cercadas de árvores centenárias, banho em piscinas naturais, visita à aldeia e atividades radicais opcionais como tirolesa e rapel. As cachoeiras mais famosas e de fácil acesso são a Cachoeira de Taquaraçu, Cachoeira da Rocandeira e Cachoeira Escorrega Macaco. No mapa interativo acima é possível ver todos os atrativos.
A alternativa para os passeios pagos é alugar um carro, o que garante mais liberdade na programação, a possibilidade de ir até outros lugares e até um preço bem mais em conta. Eu não fiz isso porque estava viajando sozinho, mas acabei não visitando os pontos turísticos mais distantes, como a Praia do Funil, em Miracema do Tocantins. Quem sabe em outra oportunidade.

