O Lago de Palmas foi formado pelo represamento das águas do Rio Tocantins após a criação da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães por volta dos anos 2000, entre os municípios de Miracema do Tocantins e Lajeado. O corpo d’água possui 172 km de extensão por 8 km de largura, uma boa parte dele banhando as terras de Palmas, a capital do Tocantins.

Ao longo do litoral, encontram-se diversas praias de água doce, sendo a Praia do Prata bastante visitada pela população local e turistas. O principal diferencial ali é que ela fica fora da área central, então acaba sendo mais tranquila que a Praia da Graciosa. Ainda assim, também conta com infraestrutura completa, incluindo barracas, quadra de esportes, banheiros e espaço para realização de eventos culturais, esportivos e de lazer.

Eu fui para curtir algumas horas de relaxamento e achei o ambiente muito tranquilo, embora algumas pessoas tenham ligado suas caixas de som portáteis, desrespeitando o aviso de proibição de tais equipamentos no local. Eu costumo não gostar disso, mas não chegou a me incomodar tanto porque o local estava razoavelmente silencioso, pois não estava lotado de pessoas. Apesar de ser sábado, havia até muitas mesas disponíveis.

Essa praia conta com alguns bares e restaurantes, mas eu acabei ficando logo no primeiro que encontrei. Achei a estrutura, o atendimento e a gastronomia da Choupana do Primo muito boas. Além de alguns drinks, pedimos ali uma refeição completa com carne acebolada, batata frita, anéis de cebola, arroz, feijão e vinagrete. Mas também há os pratos tradicionais da culinária local, como o tucunaré frito ou assado.

Como faz muito calor na região, a ida à praia pede um banho refrescante. Achei a temperatura da água bem gostosa e, como não há ondas e a profundidade é muito pequena, o espaço é perfeito para famílias com crianças. Além disso, a área é limitada por uma cerca, que impede a entrada de peixes maiores e outros animais. Isso dá uma sensação de segurança, já que o imaginário popular inclui ataques de piranhas nesse tipo de ambiente, algo que parece nem acontecer na vida real.

Além de ficar relaxando na praia, também da para fazer passeios pela Lagoa de Palmas como a navegação até a Ilha da Canela, que fica a uns 2 km de distância da margem; o refinamento de um cruzeiro pelo lago com almoço; ou até mesmo alugar uma embarcação como jet ski, lancha e flutuante.

Falando nisso, a melhor forma de se deslocar pela cidade é alugar um carro, o que também dá mais liberdade e garante uma considerável economia para visitar pontos mais distantes, incluindo a Praia do Caju, mais ao sul, ou a Praia do Funil, bem ao norte. Digo isso porque eu estava dependendo do serviço de motoristas por aplicativo e tive muita dificuldade em encontrar alguém que topasse me levar até a Praia do Prata, considerada isolada apesar de estar a menos de 5 km do centro. Para combinar com taxistas, o valor também fica bem alto.

Como meu deslocamento estava mais limitado, acabei indo embora antes do desejado por medo de não conseguir um transporte mais tarde. Aproveitei para acompanhar o pôr-do-sol da Praia da Graciosa, que fica pertinho do centro. O fim da tarde é um espetáculo à parte, com o sol aparecendo bem grande devido à proximidade da cidade com a Linha do Equador. Além disso, as cores ficam muito intensas com a interação dos raios solares com as partículas de poeira dos meses secos, deixando tudo em tons alaranjados.
Como essa questão das distâncias é bastante relevante para agilizar os passeios, recomendo dar uma olhada no mapa acima para escolher entre as hospedagens na cidade, com diversas opções de casas e apartamentos, hotéis, albergues e outros. Eu me hospedei no Hotel Araguaia e no ibis Palmas Avenida JK, que ficam na área central.
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