Palmas é a capital mais jovem do Brasil, tendo sido fundada em 1989, apenas sete meses após a criação do Tocantins, determinada pela Constituição de 1988. O objetivo era criar uma cidade que funcionasse como polo de desenvolvimento econômico e social do estado. O nome tem origem na comarca de São João da Palma, criada durante a monarquia brasileira, hoje chamada Paranã. Além disso, há uma grande quantidade de palmeiras na região.

Antes da ocupação efetiva por colonizadores, a região era habitada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os javaés, caiapós e xacriabás, entre outros. A história da cidade, portanto, está inserida em um contexto mais amplo de movimentos sociais e territoriais.

O lançamento da pedra fundamental ocorreu em uma solenidade na atual Praça dos Girassóis, reunindo aproximadamente dez mil pessoas. Na ocasião, o então governador acionou o trator que deu início à abertura da primeira avenida da cidade. A construção da nova capital foi liderada por trabalhadores vindos do interior do estado e de diversas regiões do país.

Logo após a fundação, uma das principais dificuldades enfrentadas foi a falta de infraestrutura básica. Não havia fornecimento de energia elétrica, rede de água encanada, nem estabelecimentos comerciais de apoio, como lojas de materiais de construção. Nesse contexto, os primeiros servidores públicos, incluindo secretários, desembargadores, conselheiros e promotores, foram acomodados em alojamentos provisórios e as refeições eram servidas em uma estrutura improvisada.

As sedes provisórias da Prefeitura e da Câmara Municipal funcionaram inicialmente no local onde está instalado o Parque Cesamar. Poucos meses depois, o Paço Municipal foi transferido para a Praça do Bosque dos Pioneiros, com instalações mais estruturadas. Assim como Brasília, a cidade adota um sistema de endereçamento baseado em zonas de uso e siglas.

Em meados de 1993, com a conquista da autonomia financeira, foram realizadas melhorias urbanas significativas, como a construção da rede de abastecimento de água, a criação de novas quadras habitacionais e a implantação da Praia da Graciosa, que viria a se tornar um dos principais atrativos turísticos da capital.

Essa é uma das diversas praias de água doce ao longo do Lago de Palmas, formado pelo represamento das águas do Rio Tocantins após a construção da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães, em meados dos anos 2000, próxima ao município de Lajeado. O corpo d’água possui 8 km de largura e 172 km de extensão, sendo que 54 km margeiam a capital.

Apesar do ceticismo de alguns setores da população na época de sua fundação, Palmas apresentou um crescimento acelerado desde seus primeiros anos. O Censo de 1991 já registrava mais de 24 mil habitantes. Na década seguinte, a população ultrapassou 130 mil. Atualmente, estima-se que o número de residentes supere os 300 mil.

A cidade apresenta um crescimento econômico de aproximadamente 8,7% ao ano, índice superior à média nacional e estadual. Além disso, é reconhecida por oferecer a melhor qualidade de vida entre as capitais do Norte do Brasil, resultado do planejamento urbano, da preservação ambiental e da expansão ordenada.

Hoje, Palmas já está consolidada como um centro administrativo e econômico estratégico do Norte do país, reunindo infraestrutura moderna, belezas naturais e uma população acolhedora. A capital conta com essa história recente, visível em seus marcos urbanos, edifícios públicos e espaços culturais. Mas também valoriza a cultura que vem de antes, incluindo a culinária regional e os artesanatos. A cidade também é usada como porta de entrada para os passeios pela região, incluindo as belezas naturais do Jalapão.
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