Como chegar em Careiro

Floresta Amazônica – Como chegar

Manaus é a principal porta de entrada para conhecer os atrativos da Floresta Amazônica. Isso pode ser feito com passeios bate e volta a partir da cidade, que permitem fazer a navegação com barcos e lanchas pela região e incluem visitar a tribos indígenas e comunidades ribeirinhas, conhecer o processo de extração da borracha das seringueiras, tomar banho com botos cor-de-rosa, fazer trilhas pela mata e outros.

Noite em Manaus
Noite em Manaus

Mas, se o objetivo é ter uma verdadeira imersão na selva, o ideal é dormir por alguns dias em uma das hospedagens de selva, geralmente à beira dos rios. Existem opções para todos os níveis de aventura x conforto, como: passar a noite em uma rede no meio do mato; dormir em quartos compartilhados; ter um espaço reservado; e investir em um serviço diferenciado.

Reservar hotel

Eu escolhi ficar no Dolphin Lodge, que possui uma ótima estrutura com  chalés e bangalôs. Eu reservei um dos construídos sobre palafitas, com quartos que ficam sobre a água na época da cheia dos rios. Mas o principal diferencial era o ar-condicionado, uma necessidade para quem não gosta de dormir no calor, bastante intenso na região. A hospedagem fica na região da cidade de Careiro, a cerca de 78 km de Manaus, e todo o transporte está incluso no pacote.

Aeroporto Internacional Eduardo Gomes
Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

A maioria dos turistas chega à cidade pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que recebe milhões de passageiros todos os anos. Dependendo do horário do voo, você já consegue emendar e seguir viagem para a floresta no mesmo dia. Em outros casos, é preciso procurar uma hospedagem na cidade. Eu cheguei no meio da tarde e escolhi dormir no Blue Tree Premium na ida e no Hotel Adrianópolis All Suites na volta, ambos bem confortáveis e localizados no moderno e seguro bairro de Adrianópolis.

Porto do Ceasa
Porto do Ceasa

No horário combinado do dia seguinte, um motorista designado pelo Dolphin Lodge buscou os hóspedes no aeroporto e/ou nas hospedagens para um trajeto de carro até o Porto do Ceasa. A estrutura é usada para o escoamento de produtos regionais e transporte de passageiros entre a capital e as cidades ribeirinhas, mas também funciona como um mercado informal com barquinhas de peixes, frutas e outros itens diversos.

Travessia de lancha rápida
Travessia de lancha rápida

Nós passamos rapidamente pelo porto, apenas o tempo suficiente para descer do carro e embarcar em uma lancha rápida, que já estava à espera. Como é preciso navegar pelos rios, esse transporte entre a cidade e a hospedagem não é feito durante a noite, tendo a última partida saindo por volta das 16h.

Encontro das águas
Encontro das águas

O trajeto é razoavelmente longo e não são feitas paradas em atrativos turísticos. Mas, logo que deixamos a cidade para trás, passamos pelo famoso encontro das águas. O Rio Negro, como o próprio nome indica, é mais escuro. O Rio Solimões tem uma cor mais amarronzada. Por uma certa distância, eles seguem sem se misturar, criando um efeito interessante.

Parte terrestre de kombi
Parte terrestre de kombi

Essa primeira travessia do rio percorre 12 km e é feita em poucos minutos. O destino é o Porto do Careiro da Várzea, onde é feita a transferência para uma van ou micro-ônibus, que seguirá viagem pela estrada. Seguiríamos uns 26 km pela BR 319, pegaríamos a AM 254 por uns 15 km e encerraríamos essa parte pelo Ramal do 14 por mais 16 km. Não precisa fazer as contas: seriam 57 km dentro do veículo.

Casas de palafitas
Casas de palafitas

Pelo menos esse é o plano em situações normais. Na realidade, havia pelo caminho da estrada principal uma enorme ponte caída há alguns meses, ainda precisando ser reconstruída. Com isso, tivemos que fazer um breve desvio de barco, sem grande impacto no tempo da viagem. A parte boa é que foi uma oportunidade de ter um ponto de vista diferente das casas sobre palafitas que ficam à beira do rio. 

Parada no mercado
Parada no mercado

De volta ao veículo, foi feita uma pequena parada no mercado para quem ainda quisesse comprar algum produto ou comida. É a última oportunidade para quem se esqueceu de levar algo, como lanches que podem ser consumidos durante os passeios, repelente para mosquitos, protetor solar ou qualquer outro item necessário.

Último trecho pelo rio
Último trecho pelo rio

Depois de um bom tempo na van, chegamos às margens do Rio Paraná do Mamori. Mas o nosso transfer não tinha chegado ao fim, pois ainda faltava pegar novamente uma lancha rápida por mais 11 km. Eu recomendo usar protetor e roupas leves nessa viagem, já que faz muito calor e nem sempre estamos na sombra.

Fauna e flora
Fauna e flora

Esse último trecho, especialmente, pode ser considerado uma parte do passeio, já que a paisagem se torna mais agradável e é possível observar diversos pássaros ao longo do rio. Com alguma sorte, também é possível ver jacarés e outros animais.

Estrutura da hospedagem
Dolphon Lodge

Ao todo, o transporte de Manaus até o Dolphin Lodge durou cerca de três horas, com chegada próxima ao horário do almoço. Fomos recebidos com um drink de boas vindas e levados aos quartos. Todas as unidades possuem vista para o rio, ventilador, banheiro privativo e móveis de madeira. Como eu reservei o bangalô superior, que ficava sobre as águas, ainda tinha ar-condicionado e chuveiro quente.

Quarto com ar-condicionado
Quarto com ar-condicionado

Era possível aproveitar as áreas comuns, como relaxar nas redes da parte externa e nadar na piscina no rio, que possui uma rede de proteção para evitar a entrada de peixes e outros animais pela água. Na hospedagem, já estão inclusas todas as refeições, servidas em estilo buffet: café da manhã da manhã com tudo incluso; almoço e jantar com bebidas à parte; água e café disponíveis durante todo o dia.

Acesso à internet
Rio Paraná do Mamori

Embora pareça pequeno no mapa quando comparado a outros da região, o Rio Paraná do Mamori é bem largo. Ao longo dos dias seguintes, circulamos bastante pela área com os passeios oferecidos pela hospedagem sem pagamento extra, como pesca da piranha, visita a casa dos ribeirinhos, trilha pela selva, extração da borracha, árvore samaúma e outros, sempre com deslocamentos pelo rio e seus igapós. A programação depende da quantidade de dias reservados.

Projeto educativo
Floresta Amazônica

Há várias opções de hospedagem de hospedagem na região, seja em cidades e povoados ou em pontos isolados na mata. A forma de chegar vai variar dependendo do destino final, mas acredito que o Dolphin Lodge seja um bom exemplo.

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