Embora continue dedicando muito tempo a assistir filmes, tenho incluído mais séries no meu dia-a-dia. Algumas eu começo, não me cativam muito e abandono após os primeiros episódios – essas nem vou citar por aqui. Na verdade, vou dar um destaque para as que gostei mais e, no fim da postagem, cito as outras que assisti pelo menos uma temporada completa.

Eu já gostava muito do jogo The last of us, que conta como um homem de meia idade e uma adolescente se conhecem e desenvolvem um relacionamento paternal profundo em meio ao caos. Embora tenha como pano de fundo a pandemia causada por um fungo que transforma as pessoas em algo semelhante a zumbis, o grande foco da narrativa é nos personagens. O roteiro foi muito bem adaptado para a série, certamente uma das melhores do ano.

A animação Arcane foi lançada a mais tempo, mas só vi recentemente. Também é baseada em um videogame, League of Legends, que eu nunca joguei. A história gira em torno de duas irmãs e como suas vidas são impactadas pelo desenvolvimento de uma tecnologia conhecida como hextec, que dá aos usuários o poder de controlar uma energia mística. Seu uso indiscriminado acaba elevando ao aumento da tensão entre duas cidades próximas, uma dominante e desenvolvida, outra do submundo e pobre. A direção de arte é fantástica, passando muito bem a emoção dos personagens.

Sex education é minha queridinha dos últimos anos e se passa em um universo escolar adolescente, onde os alunos vivem um período de muitas dúvidas no desenvolvimento de sua sexualidade, relacionamentos amorosos e conflitos diversos. Mas a série ultrapassa esses limites e pode ser vista por um público mais amplo, tratando temas complexos de maneira leve. Vi algumas pessoas reclamando da conclusão da trama, mas eu não tenho reclamações.

Eu comecei a ler a tetralogia napolitana quando estava planejando a minha viagem por várias cidades italianas e queria entrar no clima do país. A trama gira em torno da amizade de duas amigas de infância, com altos e baixos. De fato, é uma relação de amor, competição e dependência bem complexa. A obra de Elena Ferrante está sendo adaptada com uma temporada para cada livro na série A amiga genial, nome do primeiro volume.

Outra série que eu li o livro antes de assistir foi Silo, distopia que mostra um mundo arruinado e com atmosfera tóxica que levou os poucos sobreviventes a morarem em uma estrutura com dezenas de andares embaixo da terra. A primeira temporada cobre cerca de metade do primeiro volume da trilogia criada por Hugh Howey. Algumas pessoas reclamaram do ritmo lento, mas eu achei isso importante para o desenvolvimento da personagem principal.

Outra versão de um videogame que chegou aos serviços de streaming no formato de série foi Twisted metal. O jogo é uma batalha sanguinária com diferentes tipos de carros, mas a trama da adaptação foca em um motorista tagarela, sem qualquer memória de seu passado, que tem a chance de melhorar de vida se conseguir entregar um pacote atravessando boa parte de um país devastado. Os episódios são curtinhos e misturam bem a comédia com o trash.

Por fim, temos a A queda da casa de Usher, que leva o nome de um do conto, mas, na verdade, é influenciado pela obra de Edgar Allan Poe como um todo, adaptando seus elementos de forma bem livre. A história é centrada em uma família que construiu um império de riqueza, privilégio e poder com a comercialização de um remédio para dor altamente viciante, gerando uma epidemia de drogas. Eu achei interessante pela mistura do terror com fatos reais da indústria farmacêutica americana.
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