Embora esteja em uma região isolada, no extremo sul do continente americano, chegar a El Calafate não poderia ser mais simples, já que a cidade possui um aeroporto internacional que fica a pouco mais de 20 km do centro.
O Aeropuerto Internacional Comandante Armando Tola foi inaugurado no ano de 2000, substituindo a estrutura anterior, que já se encontrava obsoleta. O projeto ficou a cargo do arquiteto uruguaio Carlos Ott, também responsável pelas obras feitas na cidade Ushuaia, conhecida como el fin del mundo, onde também é possível chegar facilmente.

Aliás, eu peguei em um voo partindo de Ushuaia, onde comecei o meu passeio pela Patagônia, e chegando em El Calafate. Como havia uma ligação direta entre as duas cidades pela companhia Aerolíneas Argentinas, a viagem durou apenas 1h20. Para se ter uma ideia, de carro seriam 11h25, sem contar as paradas e a necessidade de atravessar uma parte do território chileno. Recomendo usar uma página de pesquisa de voos para ver as melhores opções e preços.

No próprio aeroporto há várias empresas para alugar um carro, sendo necessário fazer a reserva com antecedência. Essa é uma boa alternativa para quem está viajando em grupo, pois muitos passeios podem ser feitos por conta própria. Além disso, a maioria cobra um valor à parte caso você queira incluir o transfer para buscar na porta da sua hospedagem na cidade. Se estiver em apartamentos ou casas particulares, ainda é preciso se deslocar para um ponto de encontro.

Outras opções para ir do aeroporto até o destino final é o táxi, que deixa exatamente no ponto desejado, ou o ônibus que segue até a cidade. Eu estava hospedado no Hotel Kosten Aike, na região central, e achei mais cômodo e prático ir de táxi. Os valores são pré-determinados, bastando passar no guichê para realizar o pagamento e embarcar. Como eu estava usando um cartão de débito internacional com a cotação do dólar paralelo, nem achei o valor alto.

Além do ônibus para El Calafate, muitas pessoas que chegam a esse aeroporto tem como destino final outras cidades. Alguns dias depois, por exemplo, eu segui viagem para El Chaltén. O transporte coletivo também atende Rio Gallegos, Puerto Natales, Punta Arenas e outros. Os valores e o contato das empresas podem ser acessados na página oficial.

Ali também estão listadas as poucas lojas e serviços que podem ser encontrados no aeroporto. Tem caixa automático, por exemplo, mas não vi nenhuma casa de câmbio. Também há guichês de agências de turismo que vendem passeios pela região, mas a maioria se concentra mesmo no centro da cidade. No mais, são lembrancinhas de viagem, loja de conveniência, chocolateria e uma lanchonete.

Desses, eu só passei mesmo só no Coffee is in the Air, onde comi um lanche antes de pegar o voo com destino a Buenos Aires, na volta para casa. Não achei os preços absurdos, principalmente porque o peso argentino estava bastante desvalorizado. Aliás, embora a Patagônia seja um destino caro, minha viagem como um todo saiu mais barata do que eu havia planejado devido ao câmbio vantajoso do dólar paralelo. Vale a pena dar uma pesquisada no assunto porque representa uma boa economia.