A Costa Amalfitana é um dos principais destinos turísticos da Itália devido à sua grande beleza natural, com altos morros rochosos banhados pelo mar. Ali encontram-se pequenas praias paradisíacas, mirantes sobre penhascos, construções antigas, obras de arte notáveis, zonas rurais com plantações e pastagens, gastronomia regional e outros atrativos espalhados em diversas comunidades.

Eu ainda quero fazer uma viagem especificamente para lá, ficando alguns dias em diferentes pontos para explorar tudo com mais calma. São mais de duas mil opções de hospedagem na área, incluindo apartamentos, casas de temporada, hotéis, fazendas, resorts e até mesmo barcos. Muitos viajantes ficam em Amalfi, Sorrento e Positano, comunidades de onde saem diversos passeios.

Mas se você, assim como eu nessa ocasião, tem pouco tempo e está nas proximidades, saiba que é possível ter um panorama geral com um bate e volta. O ideal é contratar um tour, que pode ser terrestre ou de barco. Também acho importante que isso seja feito com antecedência para evitar filas, principalmente na alta temporada do verão europeu. No meu caso, o ponto de partida foi a cidade de Nápoles e optei pela Excursão a Sorrento e à Costa Amalfitana, feito em van.
Viajar por conta própria com transporte público é possível, mas exige muito planejamento e perde-se tempo esperando pelos trens e ônibus, que possuem horários pré-determinados e podem circular lotados na alta temporada. Também dá para alugar um carro e fazer sua programação com mais liberdade, mas isso traz outros custos, como estacionamento e combustível, sendo melhor quando se está com um grupo maior de pessoas. Vou descrever aqui como foi o meu passeio guiado.

A primeira parada é em Sorrento, cidade com boa estrutura que fica voltada para a Baía de Nápoles, mas bem próxima dos destinos da Costa Amalfitana, do outro lado da península. Eu fiquei ali apenas tempo suficiente para dar uma volta no porto, de onde saem muitos barcos para a Ilha de Capri e outras comunidades. Também aproveitei os mirantes no alto dos penhascos, com vistas para as praias e o Monte Vesúvio, vulcão responsável pela destruição de Pompeia e Ercolano no início do milênio.

A partir dali pega-se a tortuosa e estreita rodovia que leva até Positano, uma pequena vila com ladeiras que ligam a parte alta e as praias. A praia pública tem poucos metros e pode ser usada livremente, com cada um levando suas toalhas e guarda-sóis. Para quem busca mais conforto, o ideal é investir no passe diário da praia privada, embora os preços sejam bem salgados. Ali tive umas duas horas para explorar livremente a área, o que me deu apenas um gostinho das belezas do lugar.

São muitas casas, restaurantes, lojas e construções antigas, com destaque para a Chiesa di Santa Maria Assunta. Diz a lenda que a imagem da santa foi trazida ao local pelos beneditinos, que seguiam as rotas de comércio e pesca. O barco ficou detido no local pela falta de ventos e, ao escutar uma voz que dizia “posa posa” (põe-me no chão, põe-me no chão), o capitão entendeu que deveria parar ali. Segundo as tradições orais, por isso que o lugar é chamado Positano.

Pegando novamente a estrada, chega-se ao povoado de Amalfi, que dá nome à costa. Ali havia um importante porto para o comércio no Mar Mediterrâneo, mas que entrou em decadência a partir do século XI. Embora venha recebendo turistas há muito tempo, foi ganhando cada vez mais destaque nas últimas décadas com a presença de pessoas famosas e com muito dinheiro para gastar. Eu aproveitei para fazer um passeio de barco por ali, tendo um ponto de vista diferenciado das comunidades espalhadas sobre as montanhas rochosas.

As praias mesmo são pequenas, principalmente se levarmos em conta as áreas de uso livre. Para quem vai passar o dia inteiro por lá, vale a pena investir no uso diário da praia privada para ter mais conforto, já que assim dá para garantir um espaço na sombra e usar cadeiras, pois a faixa de areia é formada por pequenas pedras que incomodam um pouco. Outra possibilidade para se refrescar do intenso calor do verão é comprar o famoso sorbet de limão siciliano.

Ainda visitei a Cattedrale di Sant’Andrea, também conhecida como Duomo di Amalfi. A fachada tem estilo neo-mourisco e influências neo-góticas, enquanto a parte interna tem elementos barrocos e as capelas contam com obras de arte góticas e renascentistas. A última parada do passeio é em Ravello, que fica mais no alto e tem as melhores vistas da região. Não à toa, é repleta de vilas e mansões com belos jardins.

Não há como negar que a Costa Amalfitana é um destino caro e cheio de turistas, mas se programando com antecedência é possível encontrar boas opções de hospedagem e evitar filas fazendo a reserva de passeios pela internet. Eu ainda pretendo explorar melhor a área, inclusive para encontrar aqueles cantinhos que não estão no radar da maioria dos visitantes. Enquanto isso, a Excursão a Sorrento e à Costa Amalfitana foi o suficiente para dar um bom panorama do lugar.
