Nápoles fica na costa oeste, ao sul da Itália, elevada ao nível do mar em cerca de 450 metros. Trata-se de um ponto estratégico entre os continentes europeu, africano e asiático e, por isso, foi ocupada por diferentes civilizações ao longo de sua história, incluindo gregos e romanos. O Golfo de Nápoles, no Mar Tirreno, conta com as ilhas de Ischia e Procida ao norte, enquanto no sul ficam a ilha de Capri e a cidade de Sorrento, na península que separa essa parte do mar da Costa Amalfitana.

A parte central é cortada por pequenos rios, já encobertos por ruas e construções. De fato, o maior destaque natural na região são os imponentes Monte Vesúvio, famoso pela destruição completa de Ercolano e Pompeia, e os Campos Flégreos, com um vulcão ainda mais poderoso e com potencial para causar extinção em massa de diversas espécies. A área conta com grande biodiversidade, pois une montanhas, planícies, rios e mar, com milhares plantas, animais e minerais.

O complexo vulcânico conta com rica flora e muitas plantas são ligadas aos períodos de colonização que aconteciam seguindo o ciclo de erupções, mas algumas delas são exclusivas da região. A proximidade com a costa, as condições climáticas favoráveis e as montanhas isoladas no centro de uma extensa planície fazem com que as elevações sejam o espaço seja ideal para abrigo de animais migratórios, o que acabou gerando uma fauna diversificada quando se considera seu pequeno espaço.

Na área urbana, destacam-se os parques públicos. Ali estão a Villa Comunale, construída nos anos de 1780 por Ferdinando IV como um jardim da realeza; o Bosco di Capodimonte, a maior área verde da cidade, onde eram feitas caçadas; e o Parco Virgiliano, assim nomeado em homenagem ao clássico poeta romano. São bons refúgios naturais em meio a construções antigas. Em 2022, a população da cidade girava em torno dos 900 mil habitantes mas, considerando a região metropolitana, esse número ultrapassa os 4 milhões.

Nápoles fica entre o mar e o continente, com o característico e fértil clima mediterrâneo. Sua localização junto à costa mitiga os efeitos dos meses mais frios, sendo rara a presença de neve, mas há grandes tempestades no outono e no inverno. O verão é marcado por altas temperaturas e umidade, embora tenha menos precipitações. A tabela acima apresenta as médias históricas. Buscando evitar tanto as chuvas quanto o calor intenso, os melhores meses para visitar a cidade são abril e maio. Eu fiz a minha viagem em agosto e peguei dias ensolarados, porém muito quentes.