Comparado com a Cachoeira da Iracema, a Caverna do Maroaga e Gruta da Judeia, as Piscinas Naturais e a Cachoeira do Mutum ou a Cachoeira da Pedra Furada, esse atrativo não é tanto famoso e pode passar batido por muitas das pessoas que visitam a região de Presidente Figueiredo. Contribui para isso o acesso, que é um pouco mais difícil do que nos demais pontos citados.
Para chegar até a Cachoeira Natal, é preciso seguir até o Parque Urubuí, onde os visitantes podem tomar banho em uma corredeira do rio. Após atravessar a ponte, pega-se a Vicinal Urubuí. Após 4,5 km, é preciso virar à esquerda para seguir pelo ramal que leva até a cachoeira. Todos os desvios feitos estão indicados por placas, deixando fácil se orientar. O problema é a estrada de terra, que não é lá das melhores, mesmo em dias secos. Ainda assim, dá para ir com um carro alugado, que pode ser usado na viagem de duas horas a partir de Manaus e garante mais liberdade na programação dos passeios.
Chegando lá, encontramos apenas uma pequena e rústica construção de madeira, que conta com banheiros. Apesar da simplicidade, o local é bastante visitado por turistas, moradores locais, grupos de amigos e famílias. Além de passar o dia, também é possível montar uma barraca na área de acampamento com um amplo gramado. Para mais informações e reservas, recomendo acessar a página oficial.
O estacionamento fica bem próximo da cachoeira, não sendo necessário fazer trilha ou qualquer esforço físico para chegar até lá. Passei primeiro na parte superior, que funciona como uma piscina natural rasa. Dei uma caminhada ali por cima e a correnteza do rio não estava muito forte, mas recomendo cautela porque o nível da água pode variar bastante dependendo da estação. Além disso, chuvas podem causar enchentes repentinas e é sempre bom estar atento.
Na parte de baixo, dá para perceber que a queda d’água é bem pequena, tendo apenas dez metros de altura. Ela se destaca é no comprimento, atingindo os cinquenta metros de largura. Para chegar lá, basta descer a escadinha de madeira que aparece à direita na foto. Apesar da facilidade de acesso, essa área próxima à margem pode estar um pouco escorregadia, principalmente quando molhada.
Outra coisa que gostei bastante da Cachoeira Natal é que o poço é bem raso, batendo na cintura. Isso torna o banho agradável e seguro até mesmo para quem não sabe nadar, além de permitir explorar diversos ângulos.
Eu mesmo aproveitei para ir até a parte atrás da queda, onde é possível se sentar nas pedras e curtir o contato com a natureza com mais intimidade. O barulho da cachoeira acaba dando uma sensação de isolamento e fiquei um bom tempo ali sentindo a força da água, bastante refrescante para o calor intenso da região durante todo o ano.
Eu fiz minha viagem em agosto, quando os rios já estão com uma vazão menor e é possível aproveitar melhor a cachoeira. O tronco de uma grande árvore caída perto da queda estava segurando a corrente e criou uma espécie de banheira de hidromassagem natural muito gostosa. A partir de dezembro, a volta das chuvas vai aumentando o volume da água nos meses seguintes. Mas ainda é possível aproveitar o ambiente durante todo o ano.
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