Das cachoeiras que visitei durante minha estadia em Presidente Figueiredo, essa certamente é a que atrai um maior número de visitantes, entre turistas e moradores da região. Isso acontece pela beleza das quedas d’água, a facilidade de acesso e a estrutura completa, que inclui até mesmo um bar.
Por isso mesmo, não vejo necessidade de guia para visitar o local. De fato, a melhor opção é alugar um carro e ir até lá por conta própria, o que garante mais liberdade de tempo para curtir o atrativo. A ida de Manaus até a cidade dura cerca de duas horas e a entrada da propriedade fica na BR-174, mesma rodovia percorrida durante toda a viagem. A entrada está no quilômetro 998 e é fácil de encontrar.
O Parque Ecológico Iracema Falls possui um hotel com dezenas de apartamentos duplos, triplos e quádruplos, com banheiros privativos e equipados com ar-condicionado, frigobar, televisão e chuveiros de água quente. O complexo também conta com restaurante, piscinas para adultos e crianças, parque infantil, quadra de esportes e igarapé. Eu não dormi por lá, já que visitaria a cachoeira somente por algumas horas e queria conhecer diversos pontos da região.
Aqueles que estão hospedados no hotel têm acesso livre às cachoeiras, grutas e trilhas. Os demais visitantes precisam pagar uma taxa por pessoa. Para informações como os horários de funcionamento e valores atualizados, recomendo acessar a página oficial. Após deixar o carro no estacionamento, é preciso percorrer uma pequena trilha que passa por algumas formações rochosas interessantes e passarelas de madeira.
Eu achei o acesso muito tranquilo e a vista impressiona bastante já na chegada, pois há uma área ampla para explorar no entorno e muita sombra. A Cachoeira da Iracema possui uma queda d’água bem ampla. Além da largura, possui oito metros de altura, ficando especialmente caudalosa no período da cheia dos rios. Como eu fiz a viagem em agosto, ela estava começando a perder o volume, mas ainda estava bem forte.
Com o calor típico da região, eu não poderia deixar de aproveitar para tomar um banho nas águas refrescantes da cachoeira. É fácil identificar os pontos mais profundos pela cor escura, mas a dica é passar pela parte da esquerda , onde há um caminho bem raso e ideal para quem não sabe nadar.
Embora a correnteza ainda estivesse forte no começo da estação seca, já era possível ficar embaixo da queda, tomando cuidado para não escorregar nas pedras. Eu aproveitei para sentar ali e sentir a força das águas, ouvindo o barulho da natureza. Inclusive, placas indicam que é proibido levar caixa de som.
Para quem prefere um espaço mais calmo, são formadas piscinas naturais em alguns pontos. Recomenda-se explorar a área com cuidado, principalmente se não estiver acompanhado com um guia para indicar por onde ir.
Quando eu fui realmente estava tranquilo, com poucas pessoas no local e até mesmo o bar estava fechado. O estabelecimento cobra pelo uso de cadeiras e mesas dispostas no local. Além disso, não é permitido levar bebidas ou alimentos, embora eu não tenha visto nenhum tipo de fiscalização na entrada ou mesmo perto da cachoeira.
O local é frequentado por pessoas de todas as idades, sendo comum a presença de famílias com crianças. Nesse caso, o cuidado deve ser redobrado. Como elemento de diversão, há um trampolim, de onde se pode saltar para dentro do poço.
Depois de aproveitar bastante a Cachoeira da Iracema, dei uma passada mais rápida em alguns dos outros atrativos do parque. Atrás do bar, fica a Gruta da Onça. Antes de andar embaixo dos seus arcos e túneis, saiba que é possível que o local esteja repleto de morcegos.
Também dá para encontrar ninhos de aves nativas da região, como as que dão nome à Gruta Palácio do Galo da Serra. Eu aproveitei parar tirar algumas fotos no local. A comparação entre o tamanho de uma pessoa e dos paredões rochosos dá uma noção melhor da dimensão do lugar.
A trilha também é uma boa oportunidade para conhecer algumas das árvores e plantas típicas da Floresta Amazônica, além de curiosidades. Eu mesmo encontrei esse gigante formigueiro no alto de um tronco. Como eu já tinha feito um período de imersão na selva com a hospedagem no Dolphin Lodge, eu já conseguia identificar diversas coisas por conta própria.
Além do atrativo principal, também visitei a Cachoeira das Araras. Ali eu nem animei de entrar na água porque não tinha ninguém por perto e eu não sabia se era seguro, mas achei a área interessante porque a queda é dividida ao meio por uma grande rocha e árvores.
Embora não tenha tomado banho, atravessei para o outro lado e explorei um pouco a parte de trás da queda, onde dá para se sentar e ficar escondido como se fosse uma caverna. Para quem quiser fazer o passeio por conta própria, recomendo dar uma olhada no mapa interativo abaixo, onde marquei todos os pontos que visitei durante a minha estadia de três dias em Presidente Figueiredo.
Embora o turismo por lá ainda esteja em desenvolvimento, já é possível encontrar uma boa quantidade de opções de hospedagem entre apartamentos, casas de temporada, albergues e outros. A maioria se encontram na parte central da cidade, mas há também alguns espalhados pelas estradas que dão acesso às trilhas.
Viajento 