Métro de Paris

Eu olho para o mapa do metrô de Paris e não sei o que dizer, só sentir. É tanta linha diferente, cores, letras, áreas e símbolos que é difícil não ficar confuso à primeira vista. Mas vamos por partes para entender o que está acontecendo e conseguir usufruir desse meio de transporte rápido e barato (se comparado a pegar um taxi na capital francesa).

Quase todo sob o solo, o sistema possui cerca de 215 km e mais de 300 estações, sendo mais de 60 delas interligadas para transferência entre as diferentes linhas. O nome Métro é uma abreviação da companhia que, originalmente, operava a maior parte do sistema, La Compagnie du Chemin de Fer Métropolitain de Paris, reduzida para Le Métropolitain. Como as pessoas se sentem íntimas depois de um tempo, passaram a abreviar por métro, o que se tornou uma palavra comum para designar qualquer sistema de transporte abaixo do solo (ou não) na França e em várias outras cidades/países, inclusive no nosso amado país.

Atualmente, o Métro de Paris é administrado pela Régie Autonome des Transports Parisiens, que também opera o RER, os ônibus, etc. É na página do RATP ou no aplicativo para dispositivos móveis que você acessa todas as informações sobre o funcionamento, mapas e rotas do transporte de Paris, bem como os passes disponíveis e seus preços.

Para começar a desvendar o mapa, que pode ser acessado na página oficial, é preciso explicar que existem 16 linhas e elas são numeradas de 1 a 14. Sim, tem duas a mais e elas não são a 15 e a 16, mas sim a 3bis e a 7bis. Confuso? Bom, isso tem uma explicação: essas duas linhas eram, originalmente, um desdobramento das linhas 3 e 7, daí foram nomeadas assim. Além dos números, as linhas do metrô são identificadas por cores – o que ajuda, mas não salva a vida de ninguém já que tem duas verdes claras e uma verde escura, duas azuis claras e uma azul escura, dois tons de amarelo, etc…

Também é importante destacar que o mapa não mostra apenas as linhas do metrô. Com o único intuito de fundir nossas mentes limitadas pelo ineficiente sistema de transporte brasileiro, eles também têm os RER e TRAMS que conectam Paris com a região metropolitana e sabe-se lá com o que mais! Mas, por ora, focaremos no metrô em si – um dos mais densos, mais usados e mais longos e tudo do mundo.

A primeira linha foi inaugurada a Exposition Universelle de 1900, aquele mesmo evento para o qual construíram a Torre Eiffel onze anos antes. O sistema foi expandido rapidamente até a Primeira Guerra Mundial e a maior parte já estava pronta nos anos 1920. As extensões até o subúrbio e a linha 11 foram criadas na década seguinte. Depois da Segunda Guerra Mundial, o metrô já estava saturado e ganhou novos trens para suportar o crescente fluxo de passageiros, mas melhorias dramáticas não puderam ser feitas devido ao design da rede e a pequena distância entre as estações. Além do metrô, o centro e a área urbana de Paris são atendidos pelo RER criado a partir dos anos 1960, além dos carros elétricos e trens.

Outra coisa importante para se considerar é que o transporte público de Paris é dividido em zonas numeradas de 1 a 5. Na maior parte do tempo você irá circular nas zonas 1 e 2. Mas, para ir para lugares mais distantes, como os aeroportos, a Disney de Paris e o Palácio de Versalhes, é preciso comprar tickets específicos que permitem acesso às outras zonas pelo RER e, obviamente, são mais caros. Falo das opções de bilhetes em outra postagem.

O Métro de Paris, ou Métropolitain, é um símbolo da cidade com sua arquitetura influenciada pelas formas orgânicas da Art Nouveau e suas entradas facilmente identificáveis nas ruas.